sábado, 8 de maio de 2021

Somos necessários para Deus?

Houve um “tempo” em que Deus (o Deus trino) estava completamente só, antes de Gênesis 1.1. Não existiam anjos, o universo e nem os seres humanos. Mesmo assim, Deus estava pleno e satisfeito em Si mesmo. Há quem pense que Deus chamou tudo a existência porque estava se sentindo muito solitário, mas acontece que tal pensamento é absolutamente equivocado.

 

O homem, diferente de Deus, não foi criado para viver na solidão. O homem precisa de companhias, de amigos e irmãos. A Bíblia mesmo diz que não é bom que o homem esteja só (Gênesis 2.18).  Porém, ao contrário dos seres humanos, Deus não precisa de companhia, pois sendo um Ser absoluto é pleno e completamente satisfeito em Si mesmo.  Sabendo isso, alguém poderia se questionar: "Então por que Deus criou tudo o que existe, já que ele não necessita da sua criação?"

 

O que levou Deus a criar tudo o que existe, incluindo nós mesmos, foi simplesmente a Sua vontade soberana (Efésios 1.11).  Deus criou todas as coisas para manifestar a Sua glória! E se Deus decidisse permanecer na “solidão”? E se Ele não tivesse criado o universo nem os seres humanos? Ele simplesmente continuaria pleno, absoluto, bem-aventurado e satisfeito em Si mesmo. A Sua glória e o Seu esplendor não diminuiria e nem mesmo aumentaria se Ele tivesse decido não ter criado nada. Deus continuaria o mesmo, pois Ele não muda (Malaquias 3.6). Ele é o mesmo hoje, ontem e ternamente (Hebreus 13.8).

 

Deus nos criou e segundo a Sua perfeita vontade se manifestou a nós. Mas, e se Ele tivesse nos criado, porém escolhesse não manifestar a nós Sua glória? Ele continuaria sendo Deus Todo Glorioso! Há quem diga que Deus necessita das suas criaturas. Todavia, não é bem isso que diz as Sagradas Escrituras:

 

“Eis que as nações são consideradas por ele como a gola dum balde, e como o pó miúdo das balanças: eis que lança por ai as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos. Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã. A quem pois fareis semelhante a Deus: ou com que o comparareis?" (Isaías 40:15-18).

 

 

O deus que é pregado em muitos púlpitos hoje é um retrato de um deus carente e necessitado dos afetos humanos.  Um deus que canta para as suas criaturas; um deus fraco e que necessita da adoração do homem para permanecer glorioso. Esse, com toda certeza, não é o Deus que as Escrituras Sagradas revelam.

Esse é o Deus das Escrituras:

 

"A qual a seu tempo mostrará o bem- aventurado, o único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver: ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém" (1 Timóteo 6:15-16).

 

"Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo" (1 Crônicas 29.11).

 

"Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, que não age com parcialidade nem aceita suborno". (Deuteronômio 10.17)

 

 

Deus é infinitamente Grande e Poderoso. Ele não necessita de nenhuma das suas criaturas; Ele é independente de tudo o que existe. A criação, porém, depende do seu Criador, mas o Criador de nada depende.

 

"Ele é solitário em Sua majestade, único em Sua excelência, incomparável em Suas perfeições. Ele tudo sustenta, mas Ele mesmo é independente de tudo e de todos. Ele dá bens a todos, mas não é enriquecido por ninguém" - A.W.Pink

 



Priscila. G. de Oliveira


0 Coments:

Postar um comentário

Comentários ofensivos e com palavras de baixo calão não serão publicados.