quarta-feira, 26 de maio de 2021

Abusando da paciência de Deus


 

A paciência de Deus é aquela excelência que O leva a suportar grandes ofensas sem vingar-Se imediatamente ( A. W. Pink)

Tal como nos tempos de Noé, a paciência de Deus tem imperado no mundo. Todavia essa paciência não há de durar para sempre. O coração do homem continua endurecido levando-o a rejeitar as advertências de Deus, pois ao invés de se arrepender dos seus pecados - do adultério, fornicação, homossexualismo, homicídios, bebedeiras, etc. - se afundam cada vez mais neles e assim desprezam a graça e o perdão de Deus e zombam da Sua paciência.


O homem abusa da paciência de Deus quando se nega a arrepender-se dos seus pecados e se põe a viver no hedonismo, buscando seus próprios prazeres e satisfação própria. Seus corações se tornam cada vez mais empedernidos ao rejeitarem o sacrifício de Cristo na cruz. Mas Deus não se deixa escarnecer, tudo o que o homem plantar, isso também ceifará ( Gálatas 6.7).


Grande parte dos moradores da terra já ouviu o Evangelho e, portanto, tiveram contato com a verdade. Mesmo assim ignoram essa verdade para continuar vivendo no pecado. É dessa forma que atraem para si o juízo de Deus. (Romanos 1.32)


Por mais vil que tenham sido os contemporâneos de Noé, Deus, por meio da sua excelente graça, lhes deu oportunidades de arrependerem-se. Porém, deliberadamente, desprezando essa graça, preferiram permanecer em seus delitos, ofendendo assim profundamente a Deus.


Terminada a arca e Noé com sua família já dentro dela, Deus envia o seu justo e terrível juízo, aterrorizando e matando todos os moradores da terra, pois a despeito da paciência de Deus não se arrependeram de seus pecados. Além de Noé não havia em toda terra nenhum que fosse justo; todos desprezaram a benignidade de Deus e morreram em seus pecados sem a salvação da alma.


Hodiernamente não tem sido diferente dos dias passados. O pecado continua alastrando e se enraizando mais profundamente no mundo. O mundo tem abusado e zombado da paciência do Todo Poderoso, mas em breve e repentinamente virá o juízo. Por enquanto a Graça ainda está disponível. Se você está vivendo desgraçadamente no pecado arrependa-se já, ou o terrível e justo juízo de Deus te esmagará.


Quão maravilhosa é a paciência de Deus com o mundo hoje! Por toda parte as pessoas pecam a peito aberto. A lei divina é pisoteada e o próprio Deus é desprezado abertamente. É deveras espantoso que Ele não elimine de vez aqueles que tão descaradamente O desafiam. Por que Ele não corta da face da terra o infiel insolente e o escarnecedor verboso, como fez com Ananias e Safira? Por que não faz a terra abrir a boca e devorar os perseguidores do Seu povo para que, à semelhança de Data e Abirão fossem vivos para o Abismo? E que dizer da cristandade apóstata, em que todas as formas de pecado possíveis são agora toleradas e praticadas sob a capa do santo nome de Cristo? Por que a justa ira do Céu não põe fim a tais abominações? Somente uma resposta é possível: porque Deus tolera com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição (Romanos 9:22).



Priscila G de Oliveira

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*Os trechos em itálico foram retirados do livro Os Atributos de Deus de Arthur. W. Pink

sábado, 15 de maio de 2021

O Terrível sentimento carnal da inveja

As sagradas Escrituras nos ensinam acerca dos Frutos do Espírito e das obras da carne. O apóstolo Paulo exorta a igreja de Corinto sobre este ato pecaminoso de invejar o seu próximo. Paulo pregava a unidade na igreja de Corinto.


Muitos cristãos infelizmente alimentam o sentimento de inveja, desejando o que pertence a seu irmão. Vale lembrar que não EXISTE esse negócio de “invejinha santa” em tom de brincadeira, pois isso é muito sério.

 

As escrituras são bem claras acerca dessas coisas, não devemos fazer nenhum tipo de “brincadeiras”.


Os crentes em Corinto alimentavam esse sentimento, e com isso surgiram muitas dissenções na igreja. Por isso Paulo pregava a unidade, pois a falta de unidade enfraquece a fé, portanto devemos prezar pela unidade (Ef 4.3).


Devemos nos atentar para o NOSSO propósito, todos nós somos únicos para Deus, Ele se importa muito com você e sabe até quantos fios de cabelos tens (Mateus 10.30).

Você é único, e Deus tem algo nessa vida que é só para você, portanto, não se deixe levar pelo terrível sentimento da inveja.


Em Provérbios Capítulo 14 , no versículo 30 , diz que a inveja é a podridão dos ossos. Não queira alimentar este sentimento em sua vida.


Toda vez que você sentir tal sentimento, peça a Deus para tirar isso de seu coração, e alegre-se com a vitória do seu irmão.


O que é dele, Deus deu somente para ele; o que é seu, Deus no seu tempo lhe dará. Eis aí o motivo para nos atentar para o propósito que Deus têm para conosco.

 

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. ( Rm 8.28)



Lembrando, alegre-se com a vitória do seu irmão, viva sempre em união (Sl 133) busque auxílio na palavra de Deus, medite em Gálatas Capitulo 5 a partir do versículo 18, busque viver no Espírito, praticar seus frutos, e fuja das obras da carne, não deixe que o sentimento terrível que destrói vidas, causa dissenções, e contendas destrua a sua vida material e principalmente espiritual.

 

Rafael B de Oliveira

sábado, 8 de maio de 2021

Somos necessários para Deus?

Houve um “tempo” em que Deus (o Deus trino) estava completamente só, antes de Gênesis 1.1. Não existiam anjos, o universo e nem os seres humanos. Mesmo assim, Deus estava pleno e satisfeito em Si mesmo. Há quem pense que Deus chamou tudo a existência porque estava se sentindo muito solitário, mas acontece que tal pensamento é absolutamente equivocado.

 

O homem, diferente de Deus, não foi criado para viver na solidão. O homem precisa de companhias, de amigos e irmãos. A Bíblia mesmo diz que não é bom que o homem esteja só (Gênesis 2.18).  Porém, ao contrário dos seres humanos, Deus não precisa de companhia, pois sendo um Ser absoluto é pleno e completamente satisfeito em Si mesmo.  Sabendo isso, alguém poderia se questionar: "Então por que Deus criou tudo o que existe, já que ele não necessita da sua criação?"

 

O que levou Deus a criar tudo o que existe, incluindo nós mesmos, foi simplesmente a Sua vontade soberana (Efésios 1.11).  Deus criou todas as coisas para manifestar a Sua glória! E se Deus decidisse permanecer na “solidão”? E se Ele não tivesse criado o universo nem os seres humanos? Ele simplesmente continuaria pleno, absoluto, bem-aventurado e satisfeito em Si mesmo. A Sua glória e o Seu esplendor não diminuiria e nem mesmo aumentaria se Ele tivesse decido não ter criado nada. Deus continuaria o mesmo, pois Ele não muda (Malaquias 3.6). Ele é o mesmo hoje, ontem e ternamente (Hebreus 13.8).

 

Deus nos criou e segundo a Sua perfeita vontade se manifestou a nós. Mas, e se Ele tivesse nos criado, porém escolhesse não manifestar a nós Sua glória? Ele continuaria sendo Deus Todo Glorioso! Há quem diga que Deus necessita das suas criaturas. Todavia, não é bem isso que diz as Sagradas Escrituras:

 

“Eis que as nações são consideradas por ele como a gola dum balde, e como o pó miúdo das balanças: eis que lança por ai as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos. Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã. A quem pois fareis semelhante a Deus: ou com que o comparareis?" (Isaías 40:15-18).

 

 

O deus que é pregado em muitos púlpitos hoje é um retrato de um deus carente e necessitado dos afetos humanos.  Um deus que canta para as suas criaturas; um deus fraco e que necessita da adoração do homem para permanecer glorioso. Esse, com toda certeza, não é o Deus que as Escrituras Sagradas revelam.

Esse é o Deus das Escrituras:

 

"A qual a seu tempo mostrará o bem- aventurado, o único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver: ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém" (1 Timóteo 6:15-16).

 

"Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo" (1 Crônicas 29.11).

 

"Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, que não age com parcialidade nem aceita suborno". (Deuteronômio 10.17)

 

 

Deus é infinitamente Grande e Poderoso. Ele não necessita de nenhuma das suas criaturas; Ele é independente de tudo o que existe. A criação, porém, depende do seu Criador, mas o Criador de nada depende.

 

"Ele é solitário em Sua majestade, único em Sua excelência, incomparável em Suas perfeições. Ele tudo sustenta, mas Ele mesmo é independente de tudo e de todos. Ele dá bens a todos, mas não é enriquecido por ninguém" - A.W.Pink

 



Priscila. G. de Oliveira


segunda-feira, 26 de abril de 2021

Onde está a promessa da sua vinda?

Há mais de dois mil anos atrás Jesus veio à terra. Deixando toda sua glória no céu, fez-se como um de nós para nos salvar. Após concluir a sua obra aqui na terra Ele subiu ao céu, porém, antes de subir prometeu que um dia voltaria para nos buscar (João 14:18).

Essa promessa foi feita muitos séculos atrás e, por fazer tanto tempo, existe hoje, muitas pessoas desacreditadas e escarnecedoras que pensam que Jesus não mais voltará.

 

''Tendo em conta, antes de tudo, que nos últimos dias virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões

dizendo: onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação'' (2 Pedro 3: 3-4).

Eu mesma já ouvi pessoas dizerem isso.

Não é pouco o número de desacreditados e zombadores que fazem brincadeira com isso. Deixaram de andar nos caminhos do Senhor e, como resultado, se atolam a cada dia mais profundezas do pecado.

Existe uma pergunta no versículo 4, ''onde está a promessa da sua vinda?'' A resposta para essa pergunta se encontra no versículo 8 e 9 de 2 Pedro 3, leia.

 

''Há todavia, uma coisa, amados, que não devemos esquecer: que para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia
Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.''

É isso mesmo o que muitos fazem: julgam demorada a promessa da vinda do Senhor. Todavia não é que Ele está demorando. Ele apenas está dando tempo para que os pecadores se arrependam de seus pecados. Isso chama-se longanimidade. O Senhor não quer que ninguém se perca (2 Pedro 3.9), ao contrário, Ele deseja que todos se salvem, embora tantos já se foram sem ter alcançado a salvação em Cristo Jesus.


Você e eu, enquanto aguardamos pela volta do Senhor, precisamos nos preparar, pois Ele virá como um ladrão (2 Pedro: 3:10). Enquanto aguardamos a Sua volta, é nosso dever viver uma vida santa. Precisamos nos empenhar por sermos achados por Ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis ( 2 Pedro 13.14).


Enquanto aguardamos o Senhor voltar, precisamos nos dedicar em estudar com diligência as Escrituras, a fim de conhecermos mais a Deus e também para não sermos enganados pelos muitos falsos profetas que tem surgido nestes últimos dias.

É preciso estar firme no Senhor, e buscar dia após dia, crescer na graça e no conhecimento que há em Cristo Jesus.

Priscila Gomes

terça-feira, 20 de abril de 2021

Jesus, o eterno Filho de Deus


As Escrituras afirmam categoricamente que Jesus é o Filho de Deus. O livro de João apresenta Jesus como O Filho de Deus. Mais do que todos os livros do Novo Testamento, o evangelho de João é o que mais contém provas de que Jesus é, de fato, Deus, e que Ele também é o Filho de Deus. Mas como pode ser isso se Deus nunca se casou e não teve um filho? Logo de início é importante deixar claro que a relação de Jesus com o Pai não deve ser entendida como pai e filho no âmbito humano.

Quando Jesus chama Deus de Pai, Ele não está se referindo a Deus como àquele que o criou, mas sim como àquele que o gerou, ou seja, como aquele que possui a mesma natureza, o mesmo ser e a mesma essência que Ele. Jesus afirma enfaticamente que Ele e o Pai são um. Vejamos:

"Eu e o Pai somos um" (João 10.30)

"E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um" (João17.22)

Segundo as Escrituras Sagradas, nós, eleitos de Deus, recebemos o poder de sermos chamados de filhos de Deus porque cremos em Cristo (João 1.12), portanto, podemos e devemos chamar Deus de Pai. De outra forma também, chamamos a Deus de Pai no sentido de Ele ter nos criado. Todavia, não temos a mesma natureza de Deus, isto é, não somos deuses/divinos. Somos filhos de Deus, porém, não da mesma forma que Jesus o é. 
Quando Jesus chama a Deus de pai não é no sentido físico da palavra, pelo contrário, quando Ele diz que é o Filho de Deus Ele está afirmando que é Deus. 

Os líderes religiosos da época de Jesus protestavam severamente quando o ouviam afirmar que era o Filho de Deus, a ponto de desejar mata-lo. Isso porque eles entendiam perfeitamente que quando Jesus dizia tal coisa Ele estava afirmando ser o próprio Deus. Muitos judeus daquela época não criam que Jesus era o Messias que havia de vir ao mundo, por isso o consideravam um traidor e blasfemador por fazer tal afirmação.

Nós somos filhos de Deus porque somos suas criaturas e filhos por adoção, porém não possuímos a mesma natureza que o nosso Criador. Jesus, porém, não pertence à mesma classe dos filhos que são criaturas, pelo contrário, Ele é o Filho de Deus por natureza, e habita eternamente no seio do Pai. (João 1.18).

Vale resaltar que Jesus não é um ser criado. A Bíblia ensina nitidamente que Jesus existe eternamente. Leia as referências:

‘’João deu testemunho dele dizendo: este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim, passou adiante de mim; porque antes de mim ele já existia’’(João 1.15. Ênfase minha).

‘’Respondeu-lhe Jesus: em verdade em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou’’ (João 8.58. Ênfase minha).

Nós, que pela graça de Deus cremos em Cristo, somos filhos pela fé (João 1.12); já Jesus, é Filho por natureza, gerado eternamente por Deus, o Pai.

Uma observação a ser feita: Esse texto foi em relação ao Filho, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, Jesus Cristo. Lembrando que Deus é Trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Clique aqui e leia o estudo sobre a Santíssima Trindade.


Priscila Gomes

quarta-feira, 15 de maio de 2019

A formosura é uma ilusão, e a beleza acaba

No texto de hoje (que é mais voltado para o público feminino) trago uma breve reflexão a respeito da beleza exterior, já que ela é em nossos dias uma das coisas demasiadamente desejada por quase todas as pessoas do mundo, tanto homens como mulheres, mas especialmente pelas mulheres.

Milhares de mulheres em todo o mundo não medem gastos quando se trata de beleza. A insatisfação de muitas mulheres com o seu corpo e sua a aparência exterior as fazem gastar rios de dinheiro com cirurgias estéticas perigosas, lipoaspiração e produtos caros de beleza. Tudo isso é para se alcançar um nível elevado de beleza, beleza essa que um dia, certamente, desvanecerá.

As revistas e a mídia com suas propagandas enganosas implantaram na mente das mulheres que existe um padrão de beleza definido, fazendo assim com que muitas mulheres que não se encaixam nos padrões estabelecidos se sintam feias e inferiores. Por causa disso muitas mulheres se entristecem, outras chegam a entrar em depressão por não se sentirem bonitas ou dentro dos padrões de beleza impostos; e muitas outras põem a vida em risco somente para mudar a aparência.

No entanto, por mais que as pessoas façam de tudo para ficarem mais belas e atraentes, elas jamais poderão conter a força do tempo e da morte que darão fim a toda essa beleza externa. Cuidar da aparência - com bom senso, é claro - não é errado, porém muitos estão exagerando e cultuando o próprio corpo, valorizando-o mais do que qualquer outra coisa nesse mundo.

Atualmente fala-se muito em elevar a autoestima das mulheres, porque é isso que todas desejam. E é pensando nisso que as indústrias da moda e da beleza investem cada vez mais em produtos e roupas e também em propagandas para chamar atenção para seus produtos. Isso leva algumas mulheres a acreditar que o uso de tais produtos as fará mais bonitas e atraentes, resultando assim na elevação da sua autoestima. Mas a verdade não revelada é que isso é só para fazê-las comprar, gastar dinheiro! As indústrias não fazem isso porque estão de fato interessadas em ver a felicidade e o bem-estar das mulheres, mas sim porque estão interessadas nos lucros que obterão por meio disso. Essa é a verdade.

Deixe-me agora citar uma frase bem interessante do pastor Paul Washer e que nos leva a reflexão. Em uma de suas pregações ele disse algo sobre autoestima:

 "Você não precisa de autoestima, você precisa de conhecimento de Deus. Na verdade longe de Cristo você não deve ter nenhuma autoestima."

Isso é duro de ouvir, mas é a verdade, porque de fato não faz sentido ter autoestima longe de Cristo, pois a condenação para aqueles que não se arrependem dos seus pecados é certa, e não haverá ninguém bonito no inferno. Como disse o sábio Salomão: tudo é vaidade. A beleza exterior não é cartão de entrada para céu. Aqui na terra a beleza física pode abrir portas para algumas pessoas, mas não abre a porta do céu. Lembre-se disso: a nossa vida não se resume apenas a esse mundo.

Agora vamos à beleza que Deus exalta. Em Provérbios 31.30 diz o seguinte:

 “A formosura é uma ilusão, e a beleza acaba, mas a mulher que teme o Senhor Deus será elogiada” .

 Como se percebe claramente, a beleza que Deus estima é bem diferente da beleza que o mundo valoriza. O mundo julga pela aparência, como se a aparência exterior fosse o espelho do que a pessoa realmente é por dentro. O mundo olha para a ilusão da beleza exterior, já Deus preza o interior: “porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16.7).

 A beleza de uma mulher que faz profissão de servir a Deus não está nas suas joias ou nas vestes ou nos enfeites, mas sim no “ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus” (1 Pedro 3.4).

Sim, é essa a beleza que Deus preza em uma mulher. A beleza refletida em um espírito dócil e tranquilo. É a beleza que se exterioriza através da humildade, da mansidão, do amor, temor a Deus e obediência a Sua Palavra. Essa é a beleza que Deus preza em suas filhas, e é a beleza que devemos almejar. A beleza exterior é importante, mas as qualidades internas - frutos de alguém regenerado - são muito mais importantes que a beleza exterior aos olhos do nosso Criador.

A formosura e a beleza exterior acabam com o tempo, mas beleza que não acaba é aquela que está dentro de nós, aquela beleza gerada pelo Espírito Santo que habita nos filhos de Deus. Essa beleza diferente da beleza física resistira eternamente nas filhas de Deus.

 “A beleza da mulher cristã, está no seu sorriso, essência, caráter, prudência, virtudes, e o quão ama a Deus sobre todas as coisas. Não em seu corpo, sensualidade ou quão bela seja. Quando investimos na beleza interior, a exterior é só um detalhe”.
-Diego C.A

Lembrando que você pode e deve cuidar da sua aparência física e da sua imagem, mas antes de tudo, TEMA a Deus. Diferente de nós, Deus não se encanta com beleza física de mulher nenhuma, mas Ele louva a mulher que O TEME.

“A formosura é uma ilusão, e a beleza acaba, mas a mulher que teme o Senhor Deus será elogiada”. (PV 31.30, NTLH)


Priscila Gomes

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Não estejais inquietos com coisa alguma

Ana, certamente, é uma das mulheres mais admiradas da Bíblia por causa de sua fé inabalável e confiança em Deus. Conforme o relato bíblico, ela não podia gerar filhos, pois o Senhor fechara-lhe a madre (1 Sam. 1.7).

Ana, diariamente, tinha de conviver com o embaraço e a tristeza causada por não poder gerar filhos. Naquele tempo, a glória de uma mulher estava em ela poder gerar filhos; a mulher estéril naquele tempo era vista como uma amaldiçoada por Deus.

Além da tristeza profunda por não poder gerar, Ana tinha de suportar continuamente as excessivas afrontas de sua insensível competidora, Penina. Talvez, o ciúme tenha sido a causa que levara Penina aborrecer Ana. Ambas eram esposas de um homem piedoso chamado Elcana, no entanto, a esposa a quem Elcana amava era Ana.

Por mais que Ana não pudesse gerar, ainda assim era muito amada e estimada por seu esposo (1 Sam. 1.8), mas, nada obstante, nem mesmo isso a fez desistir de querer um filho. Ana, por ser estéril, sabia perfeitamente que só Deus poderia dar-lhe o que sua alma tanto almejava. Sabendo disso ela pôs-se a orar perseverantemente, derramando a sua alma diante de Deus, e a perseverança dela fez com que Deus concedesse o desejo do seu coração (1 Sam. 1.19).

Deus é soberano, e em tudo Ele tem um propósito. Não foi o acaso que fez Ana ser estéril, ao contrário, foi o próprio Deus que cerrou a sua madre para que não pudesse engravidar. Mas Ele fez isso porque tinha um propósito e no momento certo Ele manifestaria Seu poder. Ana, talvez, não sabia o porquê fora impedida de engravidar, Mesmo assim, não lemos nas Escrituras que ela murmurou ou ficou com raiva, pelo contrário, lemos que ela orou incessantemente. Lançando aos pés do Senhor as suas ansiedades, ela se acalmou e confiou na soberania de Deus.

Que exemplo para nós! Quantas lições valiosas podemos extrair dessa verídica história. A oração pode simplesmente mudar a nossa vida. Deus responde a oração dos seus preciosos eleitos, a qual Ele escolheu soberanamente antes da fundação do mundo. A Bíblia deixa claro que Deus é bom para os seus filhos (Mateus 7. 7-1). Mesmo quando Ele nos responde com o ''não'' é para o nosso próprio bem. Como disse o escritor, C.S. Lewis: 

''Se Deus tivesse concedido todas as orações tolas que eu fiz na minha vida, onde eu estaria agora?''

 Devemos louvar e agradecer a Deus até mesmo quando recebemos d’Ele um ''não'', pois sendo Ele o nosso Criador, sabe, mais do que nós mesmos, o que é bom para nós. Um pai que faz todas as vontades do filho não é um bom pai, pois deixa de ensinar a esse filho que nem tudo o ele que quer é bom ou necessário, fazendo assim com que ele se torne  uma pessoa mimada e com sérias dificuldades de aceitar um ''não''.

O fato de sermos cristãos não nos isenta das aflições e das dificuldades da vida. Temos de fato, como todas as demais pessoas, problemas em áreas específicas de nossas vidas, porém, o que nos diferencia é o nosso temor e inabalável confiança em Deus para nos ajudar e para suprir todas as nossas necessidades.

Nesse tempo difícil em que estamos vivendo, há múltiplas coisas que inquietam a nossa alma, nos fazendo ficar preocupados e inseguros. Todavia, Paulo diz: 

"Não estejais inquietos com coisa alguma antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ações de graças" (Fp 4.6).

Se tivermos problemas difíceis que nos afligem e inquietam, devemos torná-los conhecidos a Deus por meio da oração, assim como fez Ana. A oração é uma das nossas armas e não podemos jamais deixá-la de lado. Dependemos dela.

Após ter derramado sua alma diante de Deus, Ana, que até então não comia e nem bebia devido à tamanha tristeza, inquietação e desgosto por ser infértil, foi alcançada pela indescritível paz de Deus, de modo que até a tristeza fugiu dela (1 Sam 1. 18).

É isso que acontece com os filhos de Deus quando derramam sua alma diante dEle, eles são alcançados pela paz  Deus (Fp 4.7), pois compreendem que, seja qual for Sua resposta, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28).

Priscila Gomes

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Só existe um Deus


''Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor'' (Deuteronômio 6.4) 

O versículo supracitado nos ensina uma verdade absoluta: O SENHOR é o único Deus verdadeiro; e não existe nenhum outro além d'Ele. A Escritura Sagrada é categórica ao afirmar que só há um Deus e que fora d'Ele não há Salvador: “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador” (Isaías 43.11).

Fora dEle só existem ídolos. Ídolos feitos por mãos de homens que rejeitam o conhecimento do Deus Verdadeiro e criaram para si deuses conforme a imaginação do seu mau coração. Todavia, tais deuses são completamente destituídos de poder e vontade, e além do mais, não possuem em si mesmos quaisquer atributos e nem mesmo capacidade alguma de executar o que desejam, pois não tem vida em si mesmos. (Salmos 115. 4.5; Salmos 135.16).

''Pode o homem mortal fazer seus próprios deuses? Sim, mas estes não seriam, deuses'' (Jeremias 16.20)

Aos que depositam sua confiança em ídolos, o Senhor diz:

''Sejam como eles quem os fabrica e todos os que neles depositam sua confiança!''(Salmos 115.8) .

Segundo o comentário de Arthur. W.Pink, em seu livro Os Atributos de Deus “Quem não pode fazer o que quer e não pode realizar o que lhe agrada, não pode ser Deus”.

Um ser em quem não há onisciência, onipresença, poder, majestade, glória, eternidade, além de não possuir a capacidade de falar, de ouvir, de locomover-se por si só, não pode ser chamado Deus. É inegável que há no mundo uma variedade incalculável de ídolos, todavia, nenhum deles é Deus. Nenhum deles pode salvar e dar a vida eterna ao homem.

“Assim diz o Senhor, o Rei de Israel e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: eu sou o primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Isaías 44.6)

“...Pois não há outro Deus, senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus e não há outro” (Isaías 45. 21,22).

“Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim” (Isaías 46.9).

Está mais do que claro que só existe um Deus verdadeiro. A igreja de Cristo crê firmemente que só existe um Deus, o Pai Todo Poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Cl 1.16). Deus, em Sua soberania, optou por se revelar a nós através das Escrituras, é nesse Deus revelado nas Escrituras que a igreja crê. O Deus que a Bíblia revela, o Supremo Criador de todas as coisas, é um Ser singular e infinito; Ele é um ser incriado, isso quer dizer que não foi criado por ninguém! Ele é eterno, jamais teve início e jamais terá fim. Ele existe por Si mesmo (Jo 5.26); Ele é o Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim (Ap 1.8).

Sobre Deus, a Confissão de fé de Westminster afirma:

Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições. Ele é um Espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membro ou paixões; é imutável, imenso e eterno, incompreensível - onipotente, onisciente, santíssimo, completamente livre e absoluto, fazendo tudo para sua própria glória e segundo o conselho da sua própria vontade, que é reta e imutável. É cheio de amor, é gracioso, misericordioso, longânimo, muito bondoso e verdadeiro, remunerador dos que o buscam e, contudo, justíssimo e terrível em seus juízos, pois odeia todo o pecado; de modo algum terá o inocente como culpado''  (Deut. 6:4; ICo 8.4; I Tess. 1.9; Jer 10.10; Jó 11.79; Jó 26.14; Jo 6.24; ITm 1.17; Det 4.15-16; Lc 24,39; At 14.11, 15; Tg 1.17; IReis 8.27; Sl 92.2;; Sl 145.3; Gn 17.1; Rm 16.27; Is 6.3; Sl 115.3; Ex 3.14; Ef 1.11; Pv 16.4; Rm 11.36; Ap 4.11; 1Jo 4.8; Ex 36.6-7; Hb 11.6; Ne 9.32-33; Sl 5.5-6; Naum 1.2-3).

É nisso que cremos e professamos.

Priscila Gomes

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Nossos pecados não alteram o amor de Deus

Deus tinha todos os motivos justos para rejeitar por completo o povo de Israel. Povo esse extremamente rebelde, obstinado, soberbo, ingrato, de duro coração, idólatra e que se portava de maneira infiel, quebrando constantemente sua aliança com Deus. Esse povo tinha tudo para ser um grande exemplo de povo de Deus para todas as nações da terra. Porém, seguindo a vaidade do seu coração, fracassaram nesse intento. Pode-se afirmar convictamente que se não fosse pela infinita graça de Deus, Israel hoje não existiria.

Ao longo de todo o Antigo Testamento o grande amor, fidelidade e paciência de Deus para com seu povo - Israel - são percebidas. Ao invés de permitir que o terrível ardor da Sua Santa ira consumisse de todo Israel, devido à multidão dos seus pecados, Deus sempre buscava reconcilia-los consigo novamente, mandando seus santos profetas com mensagens de repreensão para tocá-los, na tentativa de levá-los ao arrependimento e fazê-los tornar à comunhão. Todavia, a imensa impiedade e destemor entranhados no coração daquele povo o levaram a rejeitar as oportunidades de reconciliação oferecidas por Deus. No auge da maldade, como se não bastassem tantos pecados, acrescentavam mais ainda assassinando sem misericórdia os portadores das boas novas Divina.

Israel chegou a fazer pior do que as nações a qual Deus havia destruído devido as grandes abominações que praticavam (2 Reis 21.9). Deus não era tolerante com o pecado, pelo contrário, castigava aqueles que deliberadamente transgrediam a sua lei. Quando o pecado chegou a níveis extremos Ele entregou o seu povo nas mãos dos seus inimigos, que os levaram para a Babilônia e lá ficaram cativos por setenta anos, segundo profetizara o profeta Jeremias (Cf. Jr 25).

Contudo, por ser perdoador, clemente, misericordioso, tardio em irar-se e grande em beneficência (Ne 9.17), Ele não rejeitou e nem abandonou seu povo a quem elegera desde o princípio. Não fosse a imensidão das misericórdias e bondade de Deus, decerto, Israel seria um povo extinto.

Deus amou um povo indigno, que não merecia nem de longe o seu terno amor, pois era um povo teimoso que insistia em andar por um caminho que não era bom, seguindo suas próprias inclinações (Is 65.2). Mas ainda assim Ele amou. Amou de uma forma soberana, imutável e espontânea. Uma multidão de pecados não alterou o amor que Deus tinha pelo seu povo, pelo contrário, o amor de Deus para com Israel permaneceu firme como uma rocha.

A igreja do Novo Testamento é o povo de Deus. É a noiva de Cristo que um dia estará com Ele. Somos o povo Eleito de Deus (1Pd 2.9), mas o que levou Deus a escolher-nos? Nossa bondade e justiça? Na verdade não, pois somos mal por natureza, de forma que não temos bondade e nem justiça própria. À parte de Cristo somos apenas corpos vivos, porém, mortos (espiritualmente falando). De fato não existe absolutamente nada bom em nós que tenha atraído o amor de Deus. Se somos amados é por graça (Ef 2.8); somos escolhidos por graça; regenerados por graça; adotados e justificados por graça. É graça do começo ao fim.

É por causa da misericórdia de Deus que ainda pisamos este chão. Podemos soberbamente pensar que somos melhores do que o povo de Israel, imaginando em nosso coração que não cometeríamos os mesmos pecados que eles cometeram. Engano nosso, pois somos igualmente pecadores e sujeitos a praticarmos os mesmos tipos de pecados. Quantas vezes murmuramos e fugimos da perfeita vontade de Deus tal como Israel? Quantas vezes achamos que sabemos melhor do que Deus e, na nossa tolice, seguimos o nosso próprio caminho rumo à ruína e perdição? Quantas vezes endurecemos o nosso coração e nos portamos como uma criança mimada e desobediente ao papai e a mamãe? Mas Deus é longânimo, paciente, rico em graça e como um excelente pai corrige-nos a fim de nos colocar no eixo e não permitir que sejamos condenados com o mundo (1Co 11.32). 

Não obstante sermos infiel às vezes, Deus, como não pode negar-se a Si mesmo (2 Tm 2.13), permanece fiel.  Somos filhos de Deus, mas reconhecemos que somos pecadores enquanto estamos nesse corpo e mundo caído. O que nos conforta é saber que Cristo nos justificou, e uma vez justificados por Cristo jamais cairemos desse estado de justificação e, independente dos nossos pecados, o amor de Deus por nós permanece imutável e inabalável.

Temos a plena certeza de que chegaremos seguramente ao céu porque a nossa fé se encontra arraigada em Cristo e Ele é o nosso firme Guia. Se dependêssemos das nossas próprias ''boas'' obras para podermos entrar no céu, então sim, estaríamos perdidos. Mas aí é que está! Nossa salvação não depende de nós mesmos, mas sim de Cristo - dos méritos dEle, das obras dEle! Se a nossa salvação está nas mãos de Cristo, então, certamente, não nos perderemos jamais, pois  Ele mesmo declarou que ninguém pode nos arrebatar das Suas mãos (Jo 10.28).

Somos amados, apesar de sermos falhos e pecadores. Lembre-se disso: nenhum pai deixa de amar o filho por ter cometido alguma falha. Se um pai terreno nunca deixa de amar seu filho por causa de alguma imperfeição, quanto mais Deus deixará de amar seus eleitos. A despeito dos nossos erros, seu amor por nós permanece intacto; Ele nos ama e sempre nos amará e a prova disso é que quando errarmos Ele nos corrigirá, ainda que severamente.

Tema a Deus!

Louvado para sempre seja o nosso Deus por causa da sobre-excelente grandeza do seu amor e graça para conosco, seus eleitos.

-Priscila Gomes