segunda-feira, 28 de maio de 2018

Sobre a Santíssima Trindade - um só Deus, três Pessoas

No texto dessa semana trataremos sobre a doutrina da Trindade. De uma forma bem simples e descomplicada, discorrerei sobre esse tema, que é de extrema importância para a igreja de Deus. 

Sei que muitos, por  falta de entendimento escriturístico, ou até mesmo por influência satânica, acabam por inventar não poucas heresias em torno dessa doutrina, e assim, falando do que não entendem, acabam enganando e confundindo a mente de muitos incautos que não buscam compreender a Palavra de Deus.

Quero iniciar esse texto deixando bem claro que Deus existe e Ele é apenas um. Ele é um Deus Vivo, Santo, Puro, Verdadeiro, Onipotente, Onisciente, Justo, e Todo Poderoso. Ele possui a vida em si mesmo (João 5.26); Ele é pleno, perfeito, satisfeito, bem aventurado, autossuficiente em si mesmo e não precisa e nem depende de nenhuma das suas criaturas.

Deus é um ser eterno, imenso e infinitamente perfeito em seu Ser. Não existe nenhum outro ser na terra, céu ou mar que seja semelhante ao Deus onipotente revelado nas Escrituras Sagradas.

"Ó Senhor, quem é como Tu entre os deuses? Quem é como Tu glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?" (Êxodo 15:11).

Só existe um Deus. O resto são apenas ídolos que ''têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm mãos, mas não apalpam; tem pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta'' (Salmos 115.5-7) - ídolos criados pelas mãos dos homens.

A Bíblia assevera tanto no Antigo como no Novo Testamento que O Senhor, o Criador dos céus e da terra, é o único SENHOR:

"Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Dt 6.4).


"Porque todos os deuses dos povos são ídolos; mas o Senhor fez os céus" (Salmos, 96.5).


''Respondeu Jesus: o primeiro é: Ouve, ó Israel, Senhor nosso Deus é o único Senhor'' (Marcos 12.29).

Deveras, Deus é apenas um, mas na essência da Divindade existem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo - essas três Pessoas formam um único Deus.

Lamentavelmente existe muita oposição em relação a doutrina Trindade, pelo fato de essa palavra não ser encontrada na Bíblia Sagrada. Verdade é que o termo Trindade não aparece nas Escrituras Sagradas. Todavia, essa doutrina é bíblica e há muitas referências que revelam  que Deus é trino. ( Lc 24.49; Rm 1.1-4; Rm 5.1-5; Rm 14.17,18; Rm 15.16; 1 Cor 6.11; 2 Cor 1.20; Gl 3.11-14; Ef 1.17; Ef 2.18-22; Ef 3.3-7; Ef 14-17; 1 Ts 5.18). Sugiro a você que anote as referências e medite em cada uma delas com calma.

Algo importante a se dizer é que cada Pessoa da Trindade são distintas uma da outra. O Pai não é o Filho, o Filho não é o Pai e o Espírito Santo não é o Pai nem o Filho. O pastor Jonh Piper explica que Deus é único em essência e triplo em personalidade.

Diz assim a Confissão Belga:
''... Estas pessoas, assim distintas, não são divididas nem confundidas entre si. Porque somente o Filho se tornou homem, não o Pai ou o Espírito Santo. O Pai jamais existiu sem o Filho e sem seu Espírito Santo, pois todos os três tem igual eternidade, no mesmo ser. Não há primeiro nem último, pois todos os três são um só em verdade, em poder, em bondade e em misericórdia''.

Cada pessoa da Trindade é cem por cento Deus. Vejamos, a Bíblia fala do Pai como Deus ( Fp 1.2); fala de Jesus como Deus ( Tito 2.13); e fala do Espírito Santo como Deus ( Atos 5. 3-4).  O Pai não é procedente de ninguém, o Filho é eternamente gerado (não criado) pelo Pai e o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho. As três pessoas da Trindade são iguais em honra, glória, majestade, poder e elas também compartilham os mesmos atributos, além disso, não existe entre elas hierarquia, ou seja, uma pessoa não maior e nem mais Deus do que a outra; pelo contrário, todas são iguais, eternas e da mesma substância, porém distintas uma da outra.

No plano da Salvação cada pessoa da Trindade assumiu uma função distinta. O pastor Augustus Nicodemus sabiamente explica ‘’que no planejamento da salvação as pessoas da Trindade assumiram papeis diferentes. O Pai planejou, o Filho executou e o Espírito Santo é quem aplica a salvação no homem. Ele ainda diz que ‘’o Filho foi enviado do Pai, e o Pai e o Filho enviaram o Espírito Santo’’.

A Trindade sempre existiu. Desde antes de o mundo ser criado ela já existia, pois é eterna, não tem começo e nem fim. Como dito anteriormente, apesar de o termo Trindade não se achar nas Escrituras, essa doutrina está claramente explícita em toda a Bíblia.

É preciso deixar claro que a nossa mente finita e nossas palavras jamais conseguirá explicar perfeita e adequadamente o que é a Trindade, se fosse possível explicar Deus em sua totalidade, Ele não seria um ser infinito, não é mesmo? Mas é através da fé, que Deus nos concedeu, que aceitamos e cremos absolutamente nessa verdade.

Lembrando que a doutrina da Trindade é uma das doutrinas essenciais da fé cristã e não pode ser ignorada e nem rejeitada por nenhum crente. Todos os cristãos verdadeiros creem e confessam que existe apenas um Deus, que subsiste eternamente como Pai, Filho e Espírito Santo. 

Rejeitamos completamente a diversidade de deuses, pois Escrituras são claríssimas e afirmam categoricamente que só existe um Deus: "Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Dt 6.4)

Toda glória seja dada ao Grande e Eterno Trino Deus!


Priscila Gomes

segunda-feira, 21 de maio de 2018

O que é necessário para se obter a salvação?

É inteiramente correto afirmar que ninguém pode ser salvo sem antes ter se arrependido genuinamente dos seus pecados e ter sido justificado por Cristo Jesus. As Escrituras Sagradas afirma que‘’não há quem faça o bem e não peque’’ (Eclesiastes 7.20). Isso significa que nenhum ser humano existente na face da terra e, nem mesmo aqueles que ainda estão por nascer, são justos diante de Deus, todos são culpados. Essa verdade é ensinada em quase todo o Antigo Testamento, confira a seguir as referências sobre isso (Gn 2.16-17; Gn 8.21; 1Rs 8.46; Sl 14:1-3; Sl 51:5; Sl53; Sl 58:3; Is 64:6; Jr 13:23; Jr 17:9).

Concluímos com isso que todo ser humano nasce corrupto, inclinado ao pecado; e isso também ensina o apóstolo Paulo em Romanos 3.12: ''Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis; e ''Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus''  (Romanos 3.23). 

É bom deixar claro que não há nada que o homem possa fazer para salvar a si mesmo da condenação eterna e da ira de Deus. Todos nós nascemos escravos do pecado e, como consequência, debaixo da ira de Deus. Segundo as Escrituras, éramos por natureza filhos da ira (Efésios 2.3). Estávamos mortos em nossos delitos e pecados - e fato é que um morto jamais busca a Deus.

Quem agiu primeiro em nosso favor, nos livrando do reino das trevas e da morte, foi Deus. A iniciativa de nos salvar partiu de Dele, não de nós.  Ele com sua imensa bondade e misericórdia nos regenerou e nos concedeu dois elementos que são essenciais para a salvação: arrependimento e fé. Esse arrependimento, que é operado no homem pelo Espírito Santo, leva-o a uma profunda convicção de pecado, fazendo com que ele sinta pesar por viver de forma contrária aos padrões de Deus e, arrependido, humilha-se perante a face de Deus, alcançando assim a a Sua benevolência. 

O arrependimento genuíno consiste em uma verdadeira volta para Deus e num ódio profundo a todo mal e a tudo aquilo que o Santo Deus abomina. Leia referencias  a seguir e veja como age o pecador que se arrepende efetivamente dos seus pecados: (Lucas 7.38, a pecadora que ungiu os pés de Jesus; 22.62, Pedro quando negou a Cristo; Lucas 15 18, o filho pródigo; Lucas 18.13, a parábola do fariseu e do publicano). Todos estes alcançaram a misericórdia de Deus porque deveras se arrependeram dos seus pecados.

É muito importante enfatizar que nenhum homem tem a capacidade em si mesmo de se arrepender dos seus pecados, isso porque o pecado corrompeu de tal forma o ser do homem que, se for depender da sua própria vontade, ele jamais vai buscar e se voltar para Deus. O arrependimento é um dom de Deus e não algo que o homem obtém por si mesmo (Atos 5.31; 11.18; 2 Tim. 2.25). Quem age operando no homem o arrependimento para a salvação é o Espírito Santo (João 16.8); sem a ação convencedora do Espírito Santo o homem jamais se convencerá do seu pecado. Se o homem tivesse em si próprio tal capacidade, então, a ação do Espírito Santo seria dispensável nesse processo; mas, como o homem devido ao pecado se acha espiritualmente morto e não há nele essa inclinação para buscar a Deus, a ação do Espírito Santo se torna cem por cento necessária.

Outro elemento essencial para a salvação é a fé. Não estou me referindo à fé natural, que é uma fé que todo ser humano possui. A fé natural é aquela fé que me faz acreditar que se eu for ao supermercado lá encontrarei o que quero, ou se for a uma farmácia em busca de um medicamento lá o encontrarei, e assim por diante. Já a fé salvífica é outra coisa, e diferente da fé natural ela não nasce com o homem. A fé salvadora, como explicado lá em Efésios 2.8, é um dom de Deus, e ela vem pelo ouvir a palavra de Deus (Romanos 10.17).

Essa fé salvadora vai muito além do que apenas acreditar em Deus; a fé que salva consiste em crer em Cristo Jesus como único Salvador e Filho do eterno Deus.  Essa fé leva o homem a seguir a Cristo e obedecê-Lo com total alegria e temor, confiando Nele e sabendo que Ele é poderoso para justificar, perdoar todos os pecados e dar a vida eterna. E, além disso, essa fé leva o agraciado homem que a recebeu a um profundo relacionamento com Cristo Jesus

Relembrando então que arrependimento e fé são essenciais para a salvação e, tanto um como o outro, são dons de Deus. E Ele simplesmente os dá a quem quer, pois sendo Soberano faz tudo segundo o bom conselho da Sua vontade (Efésios 1.11).

O homem nada pode fazer para salvar a si mesmo. A menos que Deus dê o arrependimento, ninguém por si mesmo pode se arrepender e ser salvo.  Da mesma maneira que o arrependimento para a salvação não procede da carne e do sangue, igualmente a fé salvífica não é produzida pelo homem, mas sim pelo Espírito Santo no coração do pecador.

Saiba que a salvação é uma obra de Deus do começo ao fim; foi Dele e não do homem que partiu a iniciativa de aproximação. Quando os nossos primeiros pais pecaram lá no Éden, eles não buscaram se reaproximar de Deus, ao contrário, eles se esconderam (Gen. 3.8), foi Deus quem foi ao encontro deles! 

De forma igual, foi Deus que veio ao nosso encontro, concedendo-nos a salvação, e isso sem termos feito algo para merecermos essa tão grande benevolência. Tudo o que merecíamos era a ira e o castigo, mas por pura bondade e amor Ele nos outorgou a sua imensa graça (favor imerecido). Ele nos resgatou da morte espiritual em que nos encontrávamos, logo, não temos motivo para ficarmos orgulhosos, pois tudo o que temos (as bênçãos espirituais) nos foram dadas não porque fizemos algo bom para merecê-las, mas sim por causa da graça de Deus. Se hoje cremos em Cristo Jesus, foi porque Deus nos ''elegeu Nele antes da fundação do mundo... e nos predestinou para filhos da adoção por Cristo Jesus'' (Efésios 1.1,5). Foi Ele mesmo que  nos concedeu o arrependimento e a fé para crermos Nele. 

Graças a Deus por Cristo Jesus e glória somente a Ele por todos os benefícios que nos deu!

Priscila Gomes