quarta-feira, 26 de maio de 2021

Abusando da paciência de Deus


 

A paciência de Deus é aquela excelência que O leva a suportar grandes ofensas sem vingar-Se imediatamente ( A. W. Pink)

Tal como nos tempos de Noé, a paciência de Deus tem imperado no mundo. Todavia essa paciência não há de durar para sempre. O coração do homem continua endurecido levando-o a rejeitar as advertências de Deus, pois ao invés de se arrepender dos seus pecados - do adultério, fornicação, homossexualismo, homicídios, bebedeiras, etc. - se afundam cada vez mais neles e assim desprezam a graça e o perdão de Deus e zombam da Sua paciência.


O homem abusa da paciência de Deus quando se nega a arrepender-se dos seus pecados e se põe a viver no hedonismo, buscando seus próprios prazeres e satisfação própria. Seus corações se tornam cada vez mais empedernidos ao rejeitarem o sacrifício de Cristo na cruz. Mas Deus não se deixa escarnecer, tudo o que o homem plantar, isso também ceifará ( Gálatas 6.7).


Grande parte dos moradores da terra já ouviu o Evangelho e, portanto, tiveram contato com a verdade. Mesmo assim ignoram essa verdade para continuar vivendo no pecado. É dessa forma que atraem para si o juízo de Deus. (Romanos 1.32)


Por mais vil que tenham sido os contemporâneos de Noé, Deus, por meio da sua excelente graça, lhes deu oportunidades de arrependerem-se. Porém, deliberadamente, desprezando essa graça, preferiram permanecer em seus delitos, ofendendo assim profundamente a Deus.


Terminada a arca e Noé com sua família já dentro dela, Deus envia o seu justo e terrível juízo, aterrorizando e matando todos os moradores da terra, pois a despeito da paciência de Deus não se arrependeram de seus pecados. Além de Noé não havia em toda terra nenhum que fosse justo; todos desprezaram a benignidade de Deus e morreram em seus pecados sem a salvação da alma.


Hodiernamente não tem sido diferente dos dias passados. O pecado continua alastrando e se enraizando mais profundamente no mundo. O mundo tem abusado e zombado da paciência do Todo Poderoso, mas em breve e repentinamente virá o juízo. Por enquanto a Graça ainda está disponível. Se você está vivendo desgraçadamente no pecado arrependa-se já, ou o terrível e justo juízo de Deus te esmagará.


Quão maravilhosa é a paciência de Deus com o mundo hoje! Por toda parte as pessoas pecam a peito aberto. A lei divina é pisoteada e o próprio Deus é desprezado abertamente. É deveras espantoso que Ele não elimine de vez aqueles que tão descaradamente O desafiam. Por que Ele não corta da face da terra o infiel insolente e o escarnecedor verboso, como fez com Ananias e Safira? Por que não faz a terra abrir a boca e devorar os perseguidores do Seu povo para que, à semelhança de Data e Abirão fossem vivos para o Abismo? E que dizer da cristandade apóstata, em que todas as formas de pecado possíveis são agora toleradas e praticadas sob a capa do santo nome de Cristo? Por que a justa ira do Céu não põe fim a tais abominações? Somente uma resposta é possível: porque Deus tolera com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição (Romanos 9:22).



Priscila G de Oliveira

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*Os trechos em itálico foram retirados do livro Os Atributos de Deus de Arthur. W. Pink

sábado, 15 de maio de 2021

O Terrível sentimento carnal da inveja

As sagradas Escrituras nos ensinam acerca dos Frutos do Espírito e das obras da carne. O apóstolo Paulo exorta a igreja de Corinto sobre este ato pecaminoso de invejar o seu próximo. Paulo pregava a unidade na igreja de Corinto.


Muitos cristãos infelizmente alimentam o sentimento de inveja, desejando o que pertence a seu irmão. Vale lembrar que não EXISTE esse negócio de “invejinha santa” em tom de brincadeira, pois isso é muito sério.

 

As escrituras são bem claras acerca dessas coisas, não devemos fazer nenhum tipo de “brincadeiras”.


Os crentes em Corinto alimentavam esse sentimento, e com isso surgiram muitas dissenções na igreja. Por isso Paulo pregava a unidade, pois a falta de unidade enfraquece a fé, portanto devemos prezar pela unidade (Ef 4.3).


Devemos nos atentar para o NOSSO propósito, todos nós somos únicos para Deus, Ele se importa muito com você e sabe até quantos fios de cabelos tens (Mateus 10.30).

Você é único, e Deus tem algo nessa vida que é só para você, portanto, não se deixe levar pelo terrível sentimento da inveja.


Em Provérbios Capítulo 14 , no versículo 30 , diz que a inveja é a podridão dos ossos. Não queira alimentar este sentimento em sua vida.


Toda vez que você sentir tal sentimento, peça a Deus para tirar isso de seu coração, e alegre-se com a vitória do seu irmão.


O que é dele, Deus deu somente para ele; o que é seu, Deus no seu tempo lhe dará. Eis aí o motivo para nos atentar para o propósito que Deus têm para conosco.

 

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. ( Rm 8.28)



Lembrando, alegre-se com a vitória do seu irmão, viva sempre em união (Sl 133) busque auxílio na palavra de Deus, medite em Gálatas Capitulo 5 a partir do versículo 18, busque viver no Espírito, praticar seus frutos, e fuja das obras da carne, não deixe que o sentimento terrível que destrói vidas, causa dissenções, e contendas destrua a sua vida material e principalmente espiritual.

 

Rafael B de Oliveira

sábado, 8 de maio de 2021

Somos necessários para Deus?

Houve um “tempo” em que Deus (o Deus trino) estava completamente só, antes de Gênesis 1.1. Não existiam anjos, o universo e nem os seres humanos. Mesmo assim, Deus estava pleno e satisfeito em Si mesmo. Há quem pense que Deus chamou tudo a existência porque estava se sentindo muito solitário, mas acontece que tal pensamento é absolutamente equivocado.

 

O homem, diferente de Deus, não foi criado para viver na solidão. O homem precisa de companhias, de amigos e irmãos. A Bíblia mesmo diz que não é bom que o homem esteja só (Gênesis 2.18).  Porém, ao contrário dos seres humanos, Deus não precisa de companhia, pois sendo um Ser absoluto é pleno e completamente satisfeito em Si mesmo.  Sabendo isso, alguém poderia se questionar: "Então por que Deus criou tudo o que existe, já que ele não necessita da sua criação?"

 

O que levou Deus a criar tudo o que existe, incluindo nós mesmos, foi simplesmente a Sua vontade soberana (Efésios 1.11).  Deus criou todas as coisas para manifestar a Sua glória! E se Deus decidisse permanecer na “solidão”? E se Ele não tivesse criado o universo nem os seres humanos? Ele simplesmente continuaria pleno, absoluto, bem-aventurado e satisfeito em Si mesmo. A Sua glória e o Seu esplendor não diminuiria e nem mesmo aumentaria se Ele tivesse decido não ter criado nada. Deus continuaria o mesmo, pois Ele não muda (Malaquias 3.6). Ele é o mesmo hoje, ontem e ternamente (Hebreus 13.8).

 

Deus nos criou e segundo a Sua perfeita vontade se manifestou a nós. Mas, e se Ele tivesse nos criado, porém escolhesse não manifestar a nós Sua glória? Ele continuaria sendo Deus Todo Glorioso! Há quem diga que Deus necessita das suas criaturas. Todavia, não é bem isso que diz as Sagradas Escrituras:

 

“Eis que as nações são consideradas por ele como a gola dum balde, e como o pó miúdo das balanças: eis que lança por ai as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos. Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã. A quem pois fareis semelhante a Deus: ou com que o comparareis?" (Isaías 40:15-18).

 

 

O deus que é pregado em muitos púlpitos hoje é um retrato de um deus carente e necessitado dos afetos humanos.  Um deus que canta para as suas criaturas; um deus fraco e que necessita da adoração do homem para permanecer glorioso. Esse, com toda certeza, não é o Deus que as Escrituras Sagradas revelam.

Esse é o Deus das Escrituras:

 

"A qual a seu tempo mostrará o bem- aventurado, o único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver: ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém" (1 Timóteo 6:15-16).

 

"Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo" (1 Crônicas 29.11).

 

"Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, que não age com parcialidade nem aceita suborno". (Deuteronômio 10.17)

 

 

Deus é infinitamente Grande e Poderoso. Ele não necessita de nenhuma das suas criaturas; Ele é independente de tudo o que existe. A criação, porém, depende do seu Criador, mas o Criador de nada depende.

 

"Ele é solitário em Sua majestade, único em Sua excelência, incomparável em Suas perfeições. Ele tudo sustenta, mas Ele mesmo é independente de tudo e de todos. Ele dá bens a todos, mas não é enriquecido por ninguém" - A.W.Pink

 



Priscila. G. de Oliveira


segunda-feira, 26 de abril de 2021

Onde está a promessa da sua vinda?

Há mais de dois mil anos atrás Jesus veio à terra. Deixando toda sua glória no céu, fez-se como um de nós para nos salvar. Após concluir a sua obra aqui na terra Ele subiu ao céu, porém, antes de subir prometeu que um dia voltaria para nos buscar (João 14:18).

Essa promessa foi feita muitos séculos atrás e, por fazer tanto tempo, existe hoje, muitas pessoas desacreditadas e escarnecedoras que pensam que Jesus não mais voltará.

 

''Tendo em conta, antes de tudo, que nos últimos dias virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões

dizendo: onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação'' (2 Pedro 3: 3-4).

Eu mesma já ouvi pessoas dizerem isso.

Não é pouco o número de desacreditados e zombadores que fazem brincadeira com isso. Deixaram de andar nos caminhos do Senhor e, como resultado, se atolam a cada dia mais profundezas do pecado.

Existe uma pergunta no versículo 4, ''onde está a promessa da sua vinda?'' A resposta para essa pergunta se encontra no versículo 8 e 9 de 2 Pedro 3, leia.

 

''Há todavia, uma coisa, amados, que não devemos esquecer: que para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia
Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.''

É isso mesmo o que muitos fazem: julgam demorada a promessa da vinda do Senhor. Todavia não é que Ele está demorando. Ele apenas está dando tempo para que os pecadores se arrependam de seus pecados. Isso chama-se longanimidade. O Senhor não quer que ninguém se perca (2 Pedro 3.9), ao contrário, Ele deseja que todos se salvem, embora tantos já se foram sem ter alcançado a salvação em Cristo Jesus.


Você e eu, enquanto aguardamos pela volta do Senhor, precisamos nos preparar, pois Ele virá como um ladrão (2 Pedro: 3:10). Enquanto aguardamos a Sua volta, é nosso dever viver uma vida santa. Precisamos nos empenhar por sermos achados por Ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis ( 2 Pedro 13.14).


Enquanto aguardamos o Senhor voltar, precisamos nos dedicar em estudar com diligência as Escrituras, a fim de conhecermos mais a Deus e também para não sermos enganados pelos muitos falsos profetas que tem surgido nestes últimos dias.

É preciso estar firme no Senhor, e buscar dia após dia, crescer na graça e no conhecimento que há em Cristo Jesus.

Priscila Gomes

terça-feira, 20 de abril de 2021

Jesus, o eterno Filho de Deus


As Escrituras afirmam categoricamente que Jesus é o Filho de Deus. O livro de João apresenta Jesus como O Filho de Deus. Mais do que todos os livros do Novo Testamento, o evangelho de João é o que mais contém provas de que Jesus é, de fato, Deus, e que Ele também é o Filho de Deus. Mas como pode ser isso se Deus nunca se casou e não teve um filho? Logo de início é importante deixar claro que a relação de Jesus com o Pai não deve ser entendida como pai e filho no âmbito humano.

Quando Jesus chama Deus de Pai, Ele não está se referindo a Deus como àquele que o criou, mas sim como àquele que o gerou, ou seja, como aquele que possui a mesma natureza, o mesmo ser e a mesma essência que Ele. Jesus afirma enfaticamente que Ele e o Pai são um. Vejamos:

"Eu e o Pai somos um" (João 10.30)

"E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um" (João17.22)

Segundo as Escrituras Sagradas, nós, eleitos de Deus, recebemos o poder de sermos chamados de filhos de Deus porque cremos em Cristo (João 1.12), portanto, podemos e devemos chamar Deus de Pai. De outra forma também, chamamos a Deus de Pai no sentido de Ele ter nos criado. Todavia, não temos a mesma natureza de Deus, isto é, não somos deuses/divinos. Somos filhos de Deus, porém, não da mesma forma que Jesus o é. 
Quando Jesus chama a Deus de pai não é no sentido físico da palavra, pelo contrário, quando Ele diz que é o Filho de Deus Ele está afirmando que é Deus. 

Os líderes religiosos da época de Jesus protestavam severamente quando o ouviam afirmar que era o Filho de Deus, a ponto de desejar mata-lo. Isso porque eles entendiam perfeitamente que quando Jesus dizia tal coisa Ele estava afirmando ser o próprio Deus. Muitos judeus daquela época não criam que Jesus era o Messias que havia de vir ao mundo, por isso o consideravam um traidor e blasfemador por fazer tal afirmação.

Nós somos filhos de Deus porque somos suas criaturas e filhos por adoção, porém não possuímos a mesma natureza que o nosso Criador. Jesus, porém, não pertence à mesma classe dos filhos que são criaturas, pelo contrário, Ele é o Filho de Deus por natureza, e habita eternamente no seio do Pai. (João 1.18).

Vale resaltar que Jesus não é um ser criado. A Bíblia ensina nitidamente que Jesus existe eternamente. Leia as referências:

‘’João deu testemunho dele dizendo: este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim, passou adiante de mim; porque antes de mim ele já existia’’(João 1.15. Ênfase minha).

‘’Respondeu-lhe Jesus: em verdade em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou’’ (João 8.58. Ênfase minha).

Nós, que pela graça de Deus cremos em Cristo, somos filhos pela fé (João 1.12); já Jesus, é Filho por natureza, gerado eternamente por Deus, o Pai.

Uma observação a ser feita: Esse texto foi em relação ao Filho, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, Jesus Cristo. Lembrando que Deus é Trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Clique aqui e leia o estudo sobre a Santíssima Trindade.


Priscila Gomes