terça-feira, 6 de novembro de 2018

Nossos pecados não alteram o amor de Deus

Deus tinha todos os motivos justos para rejeitar por completo o povo de Israel. Povo esse extremamente rebelde, obstinado, soberbo, ingrato, de duro coração, idólatra e que se portava de maneira infiel, quebrando constantemente sua aliança com Deus. Esse povo tinha tudo para ser um grande exemplo de povo de Deus para todas as nações da terra. Porém, seguindo a vaidade do seu coração, fracassaram nesse intento. Pode-se afirmar convictamente que se não fosse pela infinita graça de Deus, Israel hoje não existiria.

Ao longo de todo o Antigo Testamento o grande amor, fidelidade e paciência de Deus para com seu povo - Israel - são percebidas. Ao invés de permitir que o terrível ardor da Sua Santa ira consumisse de todo Israel, devido à multidão dos seus pecados, Deus sempre buscava reconcilia-los consigo novamente, mandando seus santos profetas com mensagens de repreensão para tocá-los, na tentativa de levá-los ao arrependimento e fazê-los tornar à comunhão. Todavia, a imensa impiedade e destemor entranhados no coração daquele povo o levaram a rejeitar as oportunidades de reconciliação oferecidas por Deus. No auge da maldade, como se não bastassem tantos pecados, acrescentavam mais ainda assassinando sem misericórdia os portadores das boas novas Divina.

Israel chegou a fazer pior do que as nações a qual Deus havia destruído devido as grandes abominações que praticavam (2 Reis 21.9). Deus não era tolerante com o pecado, pelo contrário, castigava aqueles que deliberadamente transgrediam a sua lei. Quando o pecado chegou a níveis extremos Ele entregou o seu povo nas mãos dos seus inimigos, que os levaram para a Babilônia e lá ficaram cativos por setenta anos, segundo profetizara o profeta Jeremias (Cf. Jr 25).

Contudo, por ser perdoador, clemente, misericordioso, tardio em irar-se e grande em beneficência (Ne 9.17), Ele não rejeitou e nem abandonou seu povo a quem elegera desde o princípio. Não fosse a imensidão das misericórdias e bondade de Deus, decerto, Israel seria um povo extinto.

Deus amou um povo indigno, que não merecia nem de longe o seu terno amor, pois era um povo teimoso que insistia em andar por um caminho que não era bom, seguindo suas próprias inclinações (Is 65.2). Mas ainda assim Ele amou. Amou de uma forma soberana, imutável e espontânea. Uma multidão de pecados não alterou o amor que Deus tinha pelo seu povo, pelo contrário, o amor de Deus para com Israel permaneceu firme como uma rocha.

A igreja do Novo Testamento é o povo de Deus. É a noiva de Cristo que um dia estará com Ele. Somos o povo Eleito de Deus (1Pd 2.9), mas o que levou Deus a escolher-nos? Nossa bondade e justiça? Na verdade não, pois somos mal por natureza, de forma que não temos bondade e nem justiça própria. À parte de Cristo somos apenas corpos vivos, porém, mortos (espiritualmente falando). De fato não existe absolutamente nada bom em nós que tenha atraído o amor de Deus. Se somos amados é por graça (Ef 2.8); somos escolhidos por graça; regenerados por graça; adotados e justificados por graça. É graça do começo ao fim.

É por causa da misericórdia de Deus que ainda pisamos este chão. Podemos soberbamente pensar que somos melhores do que o povo de Israel, imaginando em nosso coração que não cometeríamos os mesmos pecados que eles cometeram. Engano nosso, pois somos igualmente pecadores e sujeitos a praticarmos os mesmos tipos de pecados. Quantas vezes murmuramos e fugimos da perfeita vontade de Deus tal como Israel? Quantas vezes achamos que sabemos melhor do que Deus e, na nossa tolice, seguimos o nosso próprio caminho rumo à ruína e perdição? Quantas vezes endurecemos o nosso coração e nos portamos como uma criança mimada e desobediente ao papai e a mamãe? Mas Deus é longânimo, paciente, rico em graça e como um excelente pai corrige-nos a fim de nos colocar no eixo e não permitir que sejamos condenados com o mundo (1Co 11.32). 

Não obstante sermos infiel às vezes, Deus, como não pode negar-se a Si mesmo (2 Tm 2.13), permanece fiel.  Somos filhos de Deus, mas reconhecemos que somos pecadores enquanto estamos nesse corpo e mundo caído. O que nos conforta é saber que Cristo nos justificou, e uma vez justificados por Cristo jamais cairemos desse estado de justificação e, independente dos nossos pecados, o amor de Deus por nós permanece imutável e inabalável.

Temos a plena certeza de que chegaremos seguramente ao céu porque a nossa fé se encontra arraigada em Cristo e Ele é o nosso firme Guia. Se dependêssemos das nossas próprias ''boas'' obras para podermos entrar no céu, então sim, estaríamos perdidos. Mas aí é que está! Nossa salvação não depende de nós mesmos, mas sim de Cristo - dos méritos dEle, das obras dEle! Se a nossa salvação está nas mãos de Cristo, então, certamente, não nos perderemos jamais, pois  Ele mesmo declarou que ninguém pode nos arrebatar das Suas mãos (Jo 10.28).

Somos amados, apesar de sermos falhos e pecadores. Lembre-se disso: nenhum pai deixa de amar o filho por ter cometido alguma falha. Se um pai terreno nunca deixa de amar seu filho por causa de alguma imperfeição, quanto mais Deus deixará de amar seus eleitos. A despeito dos nossos erros, seu amor por nós permanece intacto; Ele nos ama e sempre nos amará e a prova disso é que quando errarmos Ele nos corrigirá, ainda que severamente.

Tema a Deus!

Louvado para sempre seja o nosso Deus por causa da sobre-excelente grandeza do seu amor e graça para conosco, seus eleitos.

-Priscila Gomes

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Deus o Estilista


Falar de como deve ser o padrão de vestimenta de uma mulher cristã gera discussão e muita polemica. Sei disso porque há alguns anos atrás escrevi um texto intitulado ''Cuidado com o que você veste''Nesse texto eu foquei mais nas roupas que uma mulher cristã não deveria de forma alguma usar e isso gerou muitos comentários; algumas mulheres não gostaram nada do que foi abordado no texto, pois atingiu um dos seus pontos fracos.

Fato é que uma das coisas que mais predomina na nossa cultura hoje é a moda. Muitos estilistas do tempo presente não são guiados pela santa Palavra de Deus, portanto, se não são guiados pela palavra de Deus eles não se preocuparão em criar roupas modestas. Nesse tempo moderno em que vivemos a grande parte das mulheres não tem se preocupado em cobrir o corpo; pelo contrário, elas querem é despir-se cada vez mais! E alguns estilistas têm contribuído com isso criando roupas cada vez mais curtas, de forma a fazer com que tais mulheres se sintam cada vez mais à vontade e... peladas! Isso é triste, porque não é do agrado de Deus que o nosso corpo seja exposto dessa forma desonrosa. Quando escrevi o texto que mencionei acima, fui recebendo ao longo do tempo diversos comentários de mulheres que se denominam cristãs, mas dizem não ver problemas em usar roupas curtas - estranho, não é? Cansei de ouvir a frase: ''roupas não salvam; roupas não definem caráter''. Sei que não, mas quem é cristã sabe se vestir de forma adequada. Isso é fato!

Em 1 Timóteo 2.9, o Apóstolo Paulo ordena que Timóteo exorte as mulheres a se vestirem com pudor e modéstia. Note que ele não especifica qual deve ser a roupa da mulher: saia, calças, vestidos. Podemos usar saia, calça ou vestido, no entanto, tais vestes devem ser modestas e decentes, e não devem de forma alguma chamar atenção para o nosso corpo. A palavra modéstia se for pesquisar possui diversos significados. Um dos significados dessa palavra é ausência de vaidade. Outra definição é: que não se importa com luxo e nem ostentações.

É inconcebível que uma mulher que professa ser cristã se vista de maneira desapropriada, com roupas indecentes que chamem atenção para partes do seu corpo. Muitas mulheres não entendem que nós somos diferentes dos homens. Os homens são atraídos pelo que veem. Quando uma mulher desfila na rua com uma roupa sensual e muito apegada em seu corpo, quantos homens quase não quebram o pescoço para vê-la? Isso aceite ou não, é pecado! E pior que muitas que se dizem cristãs andam da mesma forma na rua chamando a atenção dos homens pelo modo como está vestida. Cadê a pureza? A pureza de uma mulher cristã se expressa em modéstia.

É por isso que hoje quero indicar um excelente livro que fala com muita clareza sobre a modéstia cristã-tudo com embasamento bíblico. O título do livro é ‘’Deus o Estilista’’. Esse livro aborda especialmente a respeito das vestes femininas, mas isso não significa que os homens não possam lê-lo.

O autor, Jeff Pollard, através desse livro ensina que nossa vestimenta deve ser coerente com a nossa confissão de fé; um(a) cristão(a) que teme e ama a Deus jamais se vestirá de forma indecente, segundo os padrões desse mundo que jaz no maligno. Tenho certeza que esse texto e esse livro vão incomodar as feministas de plantão que resolverem dar uma lidinha; porque falar sobre vestes e sobre o que uma mulher deve ou não vestir é como cutucar um formigueiro e cutucar a onça com vara curta! Mas tudo bem. O autor não se preocupa em agradar, mas sim em ensinar qual é o padrão de Deus em relação às nossas vestimentas.

O livro aborda algumas questões do tipo: Posso usar todas as roupas da moda? Mulheres cristãs podem ou não usar biquínis? O autor é radical e polêmico, podendo até soar legalista, mas ele não o é. Procure e leia esse livro, garanto que será uma leitura edificante e contribuirá bastante em sua vida cristã. O livro tem apenas 78 páginas, a leitura é fácil e o conteúdo é bem rico. Ouso dizer que você não vai se arrepender!

Segue abaixo a sinopse do livro:

"Em 1 João 2.15 está escrito que não podemos amar o mundo e nem as coisas que há nele. Muitas roupas são do padrão mundano, fazendo com que haja concupiscência e orgulho, além da sensualidade. Porém, muitas vezes os cristãos nem sempre tem essa visão. Porque as pessoas do mundo são mais sinceras ao assumir estes padrões do que uma cristã? O livro mostra o comportamento da igreja diante do padrão secular e o padrão do Senhor".

CARACTERÍSTICAS
Título: Deus o Estilista
Autor: Jeff Pollard
Editora: Fiel
Páginas: 78







Algumas frases do livro:

"As vestes da mulher verdadeiramente cristã não dirão: "Sexo! Orgulho! Dinheiro!" E sim: Pureza, humildade, moderação".

"Na virada do século, o que era nudez e lascívia na cidade tornou-se, repentinamente, justificável na praia"

"A nudez que era inaceitável nas ruas da cidade, tornou-se, literalmente, a última moda na praia"

"Se a piedade tem de ser provada pelas obras, a verbalização de ser crente também precisa ser visível em vestes decentes e apropriadas" 


Priscila Gomes

terça-feira, 31 de julho de 2018

O cristão está livre de sofrimentos?

Diferentemente do que a maioria do mundo pensa, o crente em Jesus pode sim vir a sofrer. Jesus foi bem categórico ao declarar que no mundo teríamos aflições (Jo 16.33). Mas ao contrário de Jesus, os pregadores da teologia da prosperidade insistem em ressaltar que os cristãos não podem sofrer de forma alguma - não podem ser acometidos por doenças, não podem ser pobres, ao contrário, tem de ser prósperos (materialmente falando) e ir bem em tudo. No entanto, não é isso o que as Escrituras ensinam. Deveras, o sofrimento é algo comum a todos os homens e ninguém está livre dele, nem mesmo o servo mais fiel e temente a Deus, isso percebe-se através das Sagradas Escrituras, que não deixa de relatar as grandes tribulações e até mesmo as mortes que alguns dos servos de Deus tiveram de padecer.

O motivo para a existência do mal e do sofrimento encontra-se na Queda. No princípio, Deus criou o homem e o mundo perfeito, porém, o homem, escolhendo o caminho da desobediência, preferiu desobedecer à ordem do Criador e, como consequência da sua desobediência, a dor, a tristeza,  a maldição e a morte introduziram-se no mundo (Gn 3.16-19). A Bíblia diz: "Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Rm 5.12). A partir da Queda, o homem sofreu um processo contínuo de degeneração.

Logo nos primeiros capítulos da Bíblia (Gn 4) nos deparamos com o primeiro homicídio - Caim matando Abel, seu próprio irmão; e nos capítulos que se seguem, vemos o quanto a corrupção humana chegou a elevados níveis, a ponto de Deus ter de destruir o mundo pelo dilúvio, visto tamanha maldade no coração do homem.

A maldade existente no coração do homem o leva a praticar ações que fazem mal a si próprio e aos seus semelhantes também. Mas, além disso, há outras coisas, decorrentes da queda, que assaltam a todos nós, uma delas são as doenças. Antes de pecar, Adão e sua esposa, gozavam de perfeita saúde, todavia com a Queda, eles enfermaram no corpo, na alma e no espírito, é claro, isso passou também a nós. As doenças e enfermidades são consequências da Queda do homem. Até mesmo os crentes estão sujeitos às doenças como: depressão, doenças psicossomáticas, pressão alta, diabetes, insônia, e outras mais graves. Infelizmente muitos não aceitando isso, acabam questionando a Deus, como se Ele fosse o responsável pelo mal. Em meio à dor, muitos acabam se irando e se afastando da presença do Pai, deixando assim de confiar nEle. Eles esquecem-se de que não estamos imunes às enfermidades e de que somos pó e que um dia retornaremos ao pó.

Dirigindo-me aos cristãos, quando a doença chegar, não podemos jamais nos entregar ao desespero, mas sim confiar em Deus e na sua soberania, tendo sempre em mente que Ele vê o nosso sofrer e age sempre segundo o beneplácito da Sua vontade, visando o nosso bem.

Vale ressaltar que muitos sofrem como consequência de seus próprios atos imprudentes. Por exemplo: se eu desobedecer às leis de trânsito, corro o risco de sofrer um grave acidente que, se não me matar, pode me deixar inválido para o resto da vida; se tenho péssimos hábitos alimentares, meu corpo no futuro sofrerá com as consequências disso. Em Gálatas 6.7 afirma que "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará". Essa é a lei da semeadura, e ela se aplica a todos, cristãos ou não.

Os cristãos também enfrentam ataques por parte do diabo e seus demônios. Ele anda ao nosso derredor bramando como leão buscando nos devorar (1 Pedro 5.8). Estamos constantemente diante de uma batalha espiritual contra Satanás, lutando com as armas da nossa milícia, armas essas que não são carnais, mas espirituais e "poderosas em Deus para a destruição das fortalezas" (2 Co 10.4). Devemos nos alegrar em Deus, pois se o Diabo nos persegue, é sinal de que somos fieis discípulos de Cristo e estamos agradando a Deus, incomodando assim o adversário por causa da nossa fidelidade ao Senhor. Bem disse o nosso Salvador: ''Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim perseguiram, também vos perseguirão a vós'' (Jo 15.20).

Martinho Lutero disse: ''Deram ao nosso Mestre uma coroa de espinhos. Por que esperaríamos uma coroa de rosas?''

Não obstante do que as Sagradas Escrituras ensinam, muitos ainda insistem em afirmar que os filhos de Deus não podem padecer, mas isso não é verdade. O fato de sermos cristãos não nos livra de nenhuma tribulação terrena, seja ela de ordem física, econômica ou natural. Portanto, não se deixe ludibriar por falsos pregadores da Prosperidade e da Confissão Positiva que insistentemente dizem que o crente não pode sofrer. Se Jesus sofreu, quanto mais nós, seus seguidores. 

O novo nascimento na vida do cristão faz dele uma nova criatura em Cristo Jesus (2 Cor. 5.17), entretanto, ele ainda é um pecador; embora termos nascido de novo, o nosso corpo mortal ainda não foi transformado, e é por isso que sofremos e gememos (vide, Rm 20-23). Porém, quando Cristo vier e glorificar o nosso corpo mortal, aí sim nenhum mal nunca mais o poderá assolar.

Deus soberanamente pode usar o sofrimento na vida de um servo Seu como um meio para fazê-lo crescer e amadurecer espiritualmente. Assim como o ouro é provado no fogo, da mesma forma Deus prova os seus com o objetivo de aperfeiçoa-los e torna-los cada vez mais maduros e mais parecidos com Seu Filho. Lembremo-nos de que não fomos chamados apenas para sermos felizes nesta terra, mas também para compartilharmos dos sofrimentos de Cristo. "Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas". (1 Pedro 2. 21). Deus simplesmente pode usar o sofrimento para testar a veracidade da nossa fé nEle ( Tg 1.3).

Os filhos de Deus devem sempre confiar e descansar na soberania de Deus, pois o Seu olhar onisciente está a contemplar os seus eleitos e jamais os abandonará nas angustias e em meio às circunstâncias desfavoráveis da nossa jornada. 

"Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos atentos às suas orações" 
(1 Pedro 3.12).

 O cristão que de fato põe a sua fé e esperança em Deus, mesmo diante do sofrimento e das lutas de cada dia, desfruta da paz interior e da alegria que provém do Espírito Santo, já que tem comunhão com Ele e acredita resolutamente na palavra que diz: "E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito". (Romanos 8.28). 

Priscila Gomes

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Firmes, Constantes e Abundantes



Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. 1 Coríntios 15:58 

Paz e Graça!

Quero falar para você os pilares fundamentais para uma vida cristã. Aceitar a Cristo tem seus desafios e constantemente estamos vulneráveis ao pensamento de desistência.Paulo nos revela um segredo importante para continuar e não parar.

Ser firme é essencial para uma vida cristã de sucesso, as palavras “determinação”, “decisão”, “persistência” e “confiança” são sinônimos da palavra “firme”, logo, ter firmeza é estar determinado(a) a continuar; tomar decisão de prosseguir; ser persistente em acreditar e ter confiança que aquele que começou a boa obra é fiel para termina-la.

A bíblia diz: “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Salmos 125

Ser firme está ligado totalmente a confiança em Deus, se em alguma ocasião pensamos em parar, isto significa que perdemos a confiança, quer dizer que não acreditamos mais.
Jesus disse a Pedro que ele seria como um fragmento de rocha, e que a igreja iria ser edificada através dele, a atitude de negar a Cristo leva Pedro a desacreditar de tudo que Jesus tinha dito. Quando Jesus encontra com os discípulos após uma noite inteira pescando, o mestre faz a seguinte pergunta para Pedro: “Tu me amas?”, após a terceira vez Pedro começa a chorar, porque ele sabia que o sentimento dele por Jesus tinha mudado, mas Jesus ainda acreditava em Pedro, porque o amor tudo crer conforme 1 Coríntios 13, Jesus ainda continua acreditando em você, seja firme!

Outro pilar fundamental é ter constância, isso significa que independente do que aconteça não desistir é fundamental. Vejo muitos dizendo que estão em busca da santidade, isso passa uma ideia que ainda estamos debaixo do poder do pecado, você e eu somos santos lutando contra o pecado, e não pecadores lutando para ser santo. O novo nascimento em Cristo nos santifica, proporcionando a nós sermos novas criaturas, eu e você temos a responsabilidade de manter a nossa nova identidade, lutando para não sermos corrompidos.

A constância é a persistência em manter a nova identidade, e diante desta realidade o pecado não tem poder sobre nossas vidas, por isso podemos declarar que não somos nós que vivemos, mas Cristo vive em nós. Assuma sua identidade em Cristo, e desta forma mantenha hábitos que farão Cristo aparecer em você.

E para encerrarmos, devemos ser abundantes. Abundância é excesso, é deixar derramar. Ser abundante é ter para repartir, é estar tão cheio que sou capaz de transbordar. Para ser abundante preciso primeiro ser firme e ter constância, colocando isso em prática eu fico mais cheio de Cristo, e quanto mais tenho de Cristo, mais tenho vontade de reparti-lo, de compartilha-lo, de dividir com outras pessoas a transformação que experimento com ele.

Se tenho um Jesus que ao aceita-lo ele me dá vida em abundância, então, terei vida de sobra para dar vida a outras pessoas.
Deus abençoe!!

Escrito por: Jhonatan


quinta-feira, 14 de junho de 2018

A Justificação pela fé - livres da culpa


“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” - Romanos 1.17.

A doutrina da justificação pela fé traz um grande alivio e alegria para os filhos de Deus, pois através dela compreendemos que a nossa salvação não depende das obras que fazemos ou deixamos de fazer, mas que provém unicamente da graça de Deus, graça essa que nos justifica, perdoa, apaga os nossos pecados e nos aceita como filhos.

O que é justificação?  Segundo o dicionário bíblico Vida Nova “justificar é um termo jurídico que significa absolver ou declarar justo”. A justificação é o ato pelo qual Deus, por Sua graça, perdoa nossos pecados e nos declara justos diante dEle, mediante a nossa fé em Cristo Jesus. A justificação liberta o homem da culpa do pecado, trazendo a certeza de que foi aceito por Deus.

Aquele que é justificado por Deus é absolvido da culpa e do castigo, não recebendo a imputação dos seus pecados, pois Cristo como Cordeiro substituto, os levou sobre Si cravando-os na cruz. Dessa forma, Cristo Jesus satisfez a justiça de Deus, sendo obediente até o fim (Fp 2.8; 2 Co 5.19; Rm 4.25); Ele pagou a nossa dívida ( Cl 2.14) e contra nós, os que fomos chamados segundo o decreto de Deus, já não resta uma gota sequer da ira divina.

Uma vez que fomos justificados por Deus, já não resta mais nenhuma acusação contra nós (Romanos 8.1). Como disse o apostolo Paulo: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós’’ (Romanos 8.33,34). 
Destarte, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo, para aqueles foram justificados por Deus. 

Somos justificados unicamente por causa de Cristo. A total obediência de Cristo aos mandamentos de Deus é imputada a nós, e por estarmos unidos a Ele, pela fé, somos considerados e vistos como justos diante de Deus; mas isso não é porque somos justos, pois de fato não somos, somos pecadores por natureza, merecedores da ira. Entretanto, Deus nos vê como justos porque a justiça de Seu Filho, ou seja, a perfeita obediência de Cristo, é atribuída a nós, eleitos de Deus.

Entendemos então que Deus só justifica o homem por causa de Cristo. Sendo assim a justificação não se dá com base em méritos ou esforço pessoal, mas unicamente com base naquilo que Cristo fez, sendo a justiça d'Ele a base da nossa justificação: ''Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação'' (Rm 4.25).

Não há nada que o homem possa fazer para ser justificado por Deus. Portanto, realizações humanas, obras da lei, indulgências, etc. são absolutamente inúteis para se alcançar o favor de Deus. Como ensina o apostolo Paulo: não recebemos a justificação por cumprirmos as obras da lei, mas sim pela fé em Cristo.

"Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei".(Romanos 3.28)

Vale ressaltar que não é a fé que justifica o homem. A confissão Belga diz que a fé é o instrumento com que abraçamos Cristo, nossa justiça. Se a fé fosse um elemento justificador, então a justificação seria algo meritório. Mas não é assim. Quem justifica é Deus por sua graça, e o meio pelo qual nos apropriamos da justificação é a fé. A nossa fé em Cristo (essa fé não vem de nós, é dom de Deus) nos é imputada como justiça.

A justificação não acontece progressivamente, pelo contrário, é algo instantâneo e acontece apenas uma vez. E não existe isso de mais ou menos justificado; ou o homem foi de uma vez justificado por Deus, ou ele não foi justificado e permanece ainda debaixo da ira de Deus. 

Aqueles a quem Deus escolheu de antemão, a estes justificou:

"Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou" (Romanos 8. 29, 30).

O fato de Deus justificar os seus eleitos não significa que eles não mais pecarão. Sim, eles correm ainda o risco de caírem em pecado, mas eles nunca decairão do estado de justificação. Todavia, ainda que pequem, Deus, como Pai que corrige seus filhos "visitará com a vara a sua transgressão, e a sua iniquidade com açoites" (Sl 89. 32). Mas Deus jamais retirará dos seus filhos a Sua benignidade, nem faltará com a Sua fidelidade ( Sl 89.33).

"Somos feitos verdadeiramente justos, como dissemos, pela fé em Cristo, só pela graça de Deus, que não nos imputa os nossos pecados, mas a justiça de Cristo, e por isso, ele nos imputa a fé em Cristo como justiça". (Segunda Confissão Helvética).

Por causa da justificação, temos paz com Deus (Romanos 5.1), ou seja, não somos mais inimigos nem estamos debaixo da Sua santa ira. Pelo contrário, agora somos filhos, reconciliados por meio do Sangue de Cristo, participantes das bênçãos da salvação, e herdeiros da promessa (Rm 8.17; Gl 3.29; Tt 3.7; Tg 2.5).

Agora que Deus perdoou nossos pecados e nos justificou, nem mesmo o Diabo pode nos acusar. Não há ninguém no mundo, na terra ou céu, que possa levantar acusação contra os eleitos de Deus (Rm 8.33). Se pecarmos, Cristo é o nosso advogado e o Seu sangue precioso nos purifica de toda injustiça. (1 Jo 1.7, 9).

Priscila Gomes

terça-feira, 5 de junho de 2018

O grande amor de Deus - O Deus que ama pecadores miseráveis

No texto de hoje trago uma simples e breve reflexão sobre o Grande Amor de Deus, baseado no livro Os Atributos de Deus de Arthur W. Pink, um evangelista e escritor do séc. XX. Se Deus quiser, mais à frente, farei uma série de artigos sobre os Atributos de Deus, com base neste mesmo livro, que já aproveito para indicar, pois será de grande proveito e edificação para todos os cristãos. Aliás, a própria Escritura diz: ''Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor...'' (Oseias 6.3). Decerto, esse livro nos ajudará bastante.

Apesar da nossa pecaminosidade e miserabilidade, Deus nos concedeu por Sua soberana graça a bênção da salvação; e por Sua livre e espontânea vontade  decidiu nos salvar, não se atentando para o que podíamos fazer de bom para nos tornar merecedores da salvação, pois de fato, nada podíamos fazer, visto que estávamos mortos espiritualmente. Deus nos amou, mas não porque éramos dignos, amáveis ou bondosos, mas sim porque Ele é bom e misericordioso.

O texto áureo da Bíblia diz: 

''Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna''. (João 3.16).

O grande apóstolo Paulo disse o seguinte em sua epístola aos Efésios, veja: 


"Todavia, Deus que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões". (Efésios 2.4,5)

Reparem que Deus nos outorgou a vida com Cristo quando ainda estávamos mortos em nossos pecados. Se estávamos mortos espiritualmente, é certo que não tínhamos nenhuma capacidade de fazer algo para nos livrar do estado terrível em que nos achávamos, pois um morto é incapaz de fazer qualquer coisa e muito menos de buscar a Deus. Porém Deus, por pura graça, estendeu-nos Sua mão e deu-nos a vida quando ainda estávamos mortos em delitos e pecados, reconciliando-nos assim com Ele por meio do Sangue de Cristo vertido na cruz. Antes de nascermos e antes de praticarmos o bem ou o mal, já éramos eleitos de Deus ( Ef 1.4; 2 Ts 2.13; 2 Tm 1.9) e alvos do Seu grande amor.

Todas as dádivas que recebemos de Deus é o resultado do Seu infalível, incalculável e inexplicável amor, que foi dado a nós, seus eleitos, gratuitamente, sem termos feito uma obra sequer para merecê-lo. Mas que amor é esse?

Primeiramente é importante frisar que Deus possui inúmeros atributos (onisciência, onipotência, onipresença, eternidade, imutabilidade, justiça, ira, misericórdia, bondade, benignidade, santidade, supremacia, paciência etc). Todavia, diferente dos outros atributos que Deus possui, o amor é a Sua própria natureza e essência. Mas o que isso quer dizer? Quer dizer que Deus não possui amor, Deus é amor!

Arthur W. Pink  diz o seguinte sobre o amor de Deus:

"O amor que uma criatura tem por outra deve-se a algo existente nelas; mas o amor de Deus é gratuito, espontâneo e não causado por nada nem por ninguém. A única razão pela qual Deus ama alguém, acha- se na sua vontade soberana".

O amor de Deus por nós está baseado na Sua vontade soberana, isso significa que Deus não nos ama com base na nossa capacidade de amá- Lo, pois sendo nós criaturas pecadoras não temos em nós mesmos a capacidade de amar a Deus. Se hoje amamos ao Senhor é porque Ele nos regenerou, dando-nos um novo coração que se inclina para Ele, e conforme diz as Escrituras, nós o amamos porque Ele nos amou primeiro! ( 1 João 4.19).

Mais uma vez A.W Pink diz:

"Deus nos amou não porque nós o amávamos, mas nos amou antes de nós termos uma só partícula de amor por ele. Se Deus nos tivesse amado em resposta ao nosso amor, então o seu amor não seria espontâneo; mas visto que ele nos amou quando não o amávamos, é claro que o seu amor não foi influenciado".

Com isso aprendemos que o amor de Deus não foi e nem é influenciado por nada existente em nós. Até porque, o que há de bom em nós que tenha atraído o amor de Deus? Nada.  Como foi mencionado, o amor de Deus por nós é espontâneo. Ele nos amou por sua livre e espontânea vontade, não sendo esse amor pretensioso nem inspirado por nada existente em nós.

Vale ressaltar que o amor de Deus também é santo e puro. Deus não nos ama de um modo romântico e melado, como muitos pensam. Engraçado que um grande número de pessoas equivocadamente imagina que Deus se derrete (vamos dizer assim) de amor pelos seres humanos, como se Ele fosse como nós, achando com isso que Ele não consegue viver sem suas criaturas. Mas esse pensamento é absolutamente errôneo, primeiramente porque Deus é autossuficiente, satisfeito e completo em si mesmo, não precisando de nenhuma das suas criaturas para lhe fazer companhia ou se sentir bem; segundo porque o Seu amor não é igual ao nosso, baseado em sentimentos e afetos. Sobre isso, veja o que A.W. Pink diz:

"O amor de Deus é santo e não é regulado por caprichos, paixão ou sentimentos, mas por princípio. Assim o seu amor nunca entra em conflito com sua santidade. Que 'Deus é luz' (1 João 1.5), se menciona antes de dizer-se que 'Deus é amor' ( 1 João 4.8). O amor de Deus não ê mera fraqueza boazinha, nem brandura efeminada. As Escrituras declaram: ‘O Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho’ ( Heb. 12.6). Deus não tolerará o pecado, mesmo em seu povo”.

É importante salientar que o amor de Deus não anula a Sua justiça nem a Sua ira. Não é porque Deus é amor, bom e misericordioso que por isso deixará de castigar o pecador que não se arrepende dos seus pecados. Deus é puro amor, mas Ele lançara no lago de fogo todos os que não se arrependeram dos seus pecados. Conforme declarado nas Escrituras, Deus é um fogo que consome! ( Exô. 24.17; Is 66.15; Heb. 12.29).

Deus não faz vista grossa com o pecado; Ele não finge que não está vendo! Deus é amor, mas também é justiça. Ele se ira todos os dias contra o pecado e não terá o culpado como inocente. Não poucos crentes desconhecem o Deus que as Escrituras revelam. Vejam o que esse Salmo diz sobre Deus:

"Deus é um juiz justo, um Deus que sente indignação todos os dias. Se o homem não se arrepender, Deus afiará a sua espada; armado e teso está o seu arco; já preparou armas mortíferas, fazendo suas setas inflamadas". (Salmos 7.11-13).

No dia do Juízo Final Deus não terá misericórdia de ninguém; Ele exercerá a Sua justiça contra os culpados sem dó nem piedade, e lançara no inferno todos os que resistiram ao Evangelho, insistindo em viver uma vida de pecado.

Sabemos que somos pecadores. Porém, pecadores regenerados, arrependidos. Embora não sendo mais escravos do pecado por termos sido libertos por Cristo Jesus, o pecado ainda não foi por completo abolido de nossa vida. Somente quando a nossa redenção for completada quando Cristo se manifestar, aí sim ficaremos plenamente livre do pecado, pois o nosso corpo corruptível será transformado e nenhum resquício de pecado sobrará (1Coríntios 15.54).

Enquanto, porém, isso não acontece, continuaremos pecando, ainda que sem querer. Importante a se dizer e que o crente regenerado não peca por prazer, mas por acidente; o crente verdadeiro não tem o pecado como estilo de vida. Mas, infelizmente em algumas circunstâncias da vida, pecamos contra Deus, não porque queremos, mas por fraqueza. Não obstante, o fato de pecarmos não faz e nem fará jamais com que Deus nos ame menos. Isso porque o amor de Deus é imutável, ou seja, não sofre diminuição, alteração e nem mudança (Tiago 1.17). Sendo assim, podemos estar seguros e confiantes de que o amor de Deus por nós sempre será o mesmo, ainda que falhemos às vezes.

Na noite em que Jesus foi preso, Pedro, por medo e fraqueza o negou três vezes, isso foi muito grave, certamente. Contudo, o amor de Jesus pelo seu amado discípulo não sofreu nem um grau de alteração. Apesar de Pedro ter falhado feio, Jesus ainda o amava com um amor profundo, intenso e imutável. 

O amor de Deus é como uma rocha - inabalável! Por certo, não há nada que possamos fazer para diminuir ou aumentar o amor Deus  por nós. 

"O amor de Deus não se rende às vicissitudes. O amor divino é forte como a morte... as muitas águas não poderiam apagar este amor (Cantares 8. 6-7). Nada pode nos separar dele ( Romanos 8. 35-39). Seu amor não se mede e não conhece fim, nada pode mudá-lo, nem seu curso. Eternamente o mesmo, sem cessar dimana do manancial eterno" - A.W.Pink
O amor de Deus é infalível e verdadeiro. A prova real de que Ele nos ama se encontra no fato de Ele ter enviado o Seu Filho Jesus Cristo para morrer por na cruz quando ainda andávamos no pecado (Romanos 5.8), fazendo cair sobre Ele os nossos pecados e derramando sobre Ele toda a ira que era para ter caído sobre nós.

Priscila Gomes

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Sobre a Santíssima Trindade - um só Deus, três Pessoas

No texto dessa semana trataremos sobre a doutrina da Trindade. De uma forma bem simples e descomplicada, discorrerei sobre esse tema, que é de extrema importância para a igreja de Deus. 

Sei que muitos, por  falta de entendimento escriturístico, ou até mesmo por influência satânica, acabam por inventar não poucas heresias em torno dessa doutrina, e assim, falando do que não entendem, acabam enganando e confundindo a mente de muitos incautos que não buscam compreender a Palavra de Deus.

Quero iniciar esse texto deixando bem claro que Deus existe e Ele é apenas um. Ele é um Deus Vivo, Santo, Puro, Verdadeiro, Onipotente, Onisciente, Justo, e Todo Poderoso. Ele possui a vida em si mesmo (João 5.26); Ele é pleno, perfeito, satisfeito, bem aventurado, autossuficiente em si mesmo e não precisa e nem depende de nenhuma das suas criaturas.

Deus é um ser eterno, imenso e infinitamente perfeito em seu Ser. Não existe nenhum outro ser na terra, céu ou mar que seja semelhante ao Deus onipotente revelado nas Escrituras Sagradas.

"Ó Senhor, quem é como Tu entre os deuses? Quem é como Tu glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?" (Êxodo 15:11).

Só existe um Deus. O resto são apenas ídolos que ''têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm mãos, mas não apalpam; tem pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta'' (Salmos 115.5-7) - ídolos criados pelas mãos dos homens.

A Bíblia assevera tanto no Antigo como no Novo Testamento que O Senhor, o Criador dos céus e da terra, é o único SENHOR:

"Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Dt 6.4).


"Porque todos os deuses dos povos são ídolos; mas o Senhor fez os céus" (Salmos, 96.5).


''Respondeu Jesus: o primeiro é: Ouve, ó Israel, Senhor nosso Deus é o único Senhor'' (Marcos 12.29).

Deveras, Deus é apenas um, mas na essência da Divindade existem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo - essas três Pessoas formam um único Deus.

Lamentavelmente existe muita oposição em relação a doutrina Trindade, pelo fato de essa palavra não ser encontrada na Bíblia Sagrada. Verdade é que o termo Trindade não aparece nas Escrituras Sagradas. Todavia, essa doutrina é bíblica e há muitas referências que revelam  que Deus é trino. ( Lc 24.49; Rm 1.1-4; Rm 5.1-5; Rm 14.17,18; Rm 15.16; 1 Cor 6.11; 2 Cor 1.20; Gl 3.11-14; Ef 1.17; Ef 2.18-22; Ef 3.3-7; Ef 14-17; 1 Ts 5.18). Sugiro a você que anote as referências e medite em cada uma delas com calma.

Algo importante a se dizer é que cada Pessoa da Trindade são distintas uma da outra. O Pai não é o Filho, o Filho não é o Pai e o Espírito Santo não é o Pai nem o Filho. O pastor Jonh Piper explica que Deus é único em essência e triplo em personalidade.

Diz assim a Confissão Belga:
''... Estas pessoas, assim distintas, não são divididas nem confundidas entre si. Porque somente o Filho se tornou homem, não o Pai ou o Espírito Santo. O Pai jamais existiu sem o Filho e sem seu Espírito Santo, pois todos os três tem igual eternidade, no mesmo ser. Não há primeiro nem último, pois todos os três são um só em verdade, em poder, em bondade e em misericórdia''.

Cada pessoa da Trindade é cem por cento Deus. Vejamos, a Bíblia fala do Pai como Deus ( Fp 1.2); fala de Jesus como Deus ( Tito 2.13); e fala do Espírito Santo como Deus ( Atos 5. 3-4).  O Pai não é procedente de ninguém, o Filho é eternamente gerado (não criado) pelo Pai e o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho. As três pessoas da Trindade são iguais em honra, glória, majestade, poder e elas também compartilham os mesmos atributos, além disso, não existe entre elas hierarquia, ou seja, uma pessoa não maior e nem mais Deus do que a outra; pelo contrário, todas são iguais, eternas e da mesma substância, porém distintas uma da outra.

No plano da Salvação cada pessoa da Trindade assumiu uma função distinta. O pastor Augustus Nicodemus sabiamente explica ‘’que no planejamento da salvação as pessoas da Trindade assumiram papeis diferentes. O Pai planejou, o Filho executou e o Espírito Santo é quem aplica a salvação no homem. Ele ainda diz que ‘’o Filho foi enviado do Pai, e o Pai e o Filho enviaram o Espírito Santo’’.

A Trindade sempre existiu. Desde antes de o mundo ser criado ela já existia, pois é eterna, não tem começo e nem fim. Como dito anteriormente, apesar de o termo Trindade não se achar nas Escrituras, essa doutrina está claramente explícita em toda a Bíblia.

É preciso deixar claro que a nossa mente finita e nossas palavras jamais conseguirá explicar perfeita e adequadamente o que é a Trindade, se fosse possível explicar Deus em sua totalidade, Ele não seria um ser infinito, não é mesmo? Mas é através da fé, que Deus nos concedeu, que aceitamos e cremos absolutamente nessa verdade.

Lembrando que a doutrina da Trindade é uma das doutrinas essenciais da fé cristã e não pode ser ignorada e nem rejeitada por nenhum crente. Todos os cristãos verdadeiros creem e confessam que existe apenas um Deus, que subsiste eternamente como Pai, Filho e Espírito Santo. 

Rejeitamos completamente a diversidade de deuses, pois Escrituras são claríssimas e afirmam categoricamente que só existe um Deus: "Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Dt 6.4)

Toda glória seja dada ao Grande e Eterno Trino Deus!


Priscila Gomes

segunda-feira, 21 de maio de 2018

O que é necessário para se obter a salvação?

É inteiramente correto afirmar que ninguém pode ser salvo sem antes ter se arrependido genuinamente dos seus pecados e ter sido justificado por Cristo Jesus. As Escrituras Sagradas afirma que‘’não há quem faça o bem e não peque’’ (Eclesiastes 7.20). Isso significa que nenhum ser humano existente na face da terra e, nem mesmo aqueles que ainda estão por nascer, são justos diante de Deus, todos são culpados. Essa verdade é ensinada em quase todo o Antigo Testamento, confira a seguir as referências sobre isso (Gn 2.16-17; Gn 8.21; 1Rs 8.46; Sl 14:1-3; Sl 51:5; Sl53; Sl 58:3; Is 64:6; Jr 13:23; Jr 17:9).

Concluímos com isso que todo ser humano nasce corrupto, inclinado ao pecado; e isso também ensina o apóstolo Paulo em Romanos 3.12: ''Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis; e ''Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus''  (Romanos 3.23). 

É bom deixar claro que não há nada que o homem possa fazer para salvar a si mesmo da condenação eterna e da ira de Deus. Todos nós nascemos escravos do pecado e, como consequência, debaixo da ira de Deus. Segundo as Escrituras, éramos por natureza filhos da ira (Efésios 2.3). Estávamos mortos em nossos delitos e pecados - e fato é que um morto jamais busca a Deus.

Quem agiu primeiro em nosso favor, nos livrando do reino das trevas e da morte, foi Deus. A iniciativa de nos salvar partiu de Dele, não de nós.  Ele com sua imensa bondade e misericórdia nos regenerou e nos concedeu dois elementos que são essenciais para a salvação: arrependimento e fé. Esse arrependimento, que é operado no homem pelo Espírito Santo, leva-o a uma profunda convicção de pecado, fazendo com que ele sinta pesar por viver de forma contrária aos padrões de Deus e, arrependido, humilha-se perante a face de Deus, alcançando assim a a Sua benevolência. 

O arrependimento genuíno consiste em uma verdadeira volta para Deus e num ódio profundo a todo mal e a tudo aquilo que o Santo Deus abomina. Leia referencias  a seguir e veja como age o pecador que se arrepende efetivamente dos seus pecados: (Lucas 7.38, a pecadora que ungiu os pés de Jesus; 22.62, Pedro quando negou a Cristo; Lucas 15 18, o filho pródigo; Lucas 18.13, a parábola do fariseu e do publicano). Todos estes alcançaram a misericórdia de Deus porque deveras se arrependeram dos seus pecados.

É muito importante enfatizar que nenhum homem tem a capacidade em si mesmo de se arrepender dos seus pecados, isso porque o pecado corrompeu de tal forma o ser do homem que, se for depender da sua própria vontade, ele jamais vai buscar e se voltar para Deus. O arrependimento é um dom de Deus e não algo que o homem obtém por si mesmo (Atos 5.31; 11.18; 2 Tim. 2.25). Quem age operando no homem o arrependimento para a salvação é o Espírito Santo (João 16.8); sem a ação convencedora do Espírito Santo o homem jamais se convencerá do seu pecado. Se o homem tivesse em si próprio tal capacidade, então, a ação do Espírito Santo seria dispensável nesse processo; mas, como o homem devido ao pecado se acha espiritualmente morto e não há nele essa inclinação para buscar a Deus, a ação do Espírito Santo se torna cem por cento necessária.

Outro elemento essencial para a salvação é a fé. Não estou me referindo à fé natural, que é uma fé que todo ser humano possui. A fé natural é aquela fé que me faz acreditar que se eu for ao supermercado lá encontrarei o que quero, ou se for a uma farmácia em busca de um medicamento lá o encontrarei, e assim por diante. Já a fé salvífica é outra coisa, e diferente da fé natural ela não nasce com o homem. A fé salvadora, como explicado lá em Efésios 2.8, é um dom de Deus, e ela vem pelo ouvir a palavra de Deus (Romanos 10.17).

Essa fé salvadora vai muito além do que apenas acreditar em Deus; a fé que salva consiste em crer em Cristo Jesus como único Salvador e Filho do eterno Deus.  Essa fé leva o homem a seguir a Cristo e obedecê-Lo com total alegria e temor, confiando Nele e sabendo que Ele é poderoso para justificar, perdoar todos os pecados e dar a vida eterna. E, além disso, essa fé leva o agraciado homem que a recebeu a um profundo relacionamento com Cristo Jesus

Relembrando então que arrependimento e fé são essenciais para a salvação e, tanto um como o outro, são dons de Deus. E Ele simplesmente os dá a quem quer, pois sendo Soberano faz tudo segundo o bom conselho da Sua vontade (Efésios 1.11).

O homem nada pode fazer para salvar a si mesmo. A menos que Deus dê o arrependimento, ninguém por si mesmo pode se arrepender e ser salvo.  Da mesma maneira que o arrependimento para a salvação não procede da carne e do sangue, igualmente a fé salvífica não é produzida pelo homem, mas sim pelo Espírito Santo no coração do pecador.

Saiba que a salvação é uma obra de Deus do começo ao fim; foi Dele e não do homem que partiu a iniciativa de aproximação. Quando os nossos primeiros pais pecaram lá no Éden, eles não buscaram se reaproximar de Deus, ao contrário, eles se esconderam (Gen. 3.8), foi Deus quem foi ao encontro deles! 

De forma igual, foi Deus que veio ao nosso encontro, concedendo-nos a salvação, e isso sem termos feito algo para merecermos essa tão grande benevolência. Tudo o que merecíamos era a ira e o castigo, mas por pura bondade e amor Ele nos outorgou a sua imensa graça (favor imerecido). Ele nos resgatou da morte espiritual em que nos encontrávamos, logo, não temos motivo para ficarmos orgulhosos, pois tudo o que temos (as bênçãos espirituais) nos foram dadas não porque fizemos algo bom para merecê-las, mas sim por causa da graça de Deus. Se hoje cremos em Cristo Jesus, foi porque Deus nos ''elegeu Nele antes da fundação do mundo... e nos predestinou para filhos da adoção por Cristo Jesus'' (Efésios 1.1,5). Foi Ele mesmo que  nos concedeu o arrependimento e a fé para crermos Nele. 

Graças a Deus por Cristo Jesus e glória somente a Ele por todos os benefícios que nos deu!

Priscila Gomes

quarta-feira, 25 de abril de 2018

O que te faz pecar - Existe algo em sua vida que leva você ou o seu próximo a pecar?

(Leia Mateus 5.29; Mateus 18.6-9; Marcos 9.42-48)

Não poucas vezes, muitos intitulados crentes, ao invés de servirem de instrumento de edificação para os irmãos na fé, acabam sendo o oposto e servindo de pedra de tropeço, levando-os assim ao pecado. Todavia, como cristãos e eleitos de Deus não podemos jamais servir de pedra de tropeço para quem quer que seja. Como servos de Deus e filhos da Luz, temos o dever de viver sabiamente nessa terra, refletindo o caráter de Cristo em nós. Por isso é necessário analisarmos sempre nossa vida e conduta a fim de avaliarmos se estamos vivendo de acordo com a santa Palavra de Deus, e se constatarmos algo em nós que escandaliza o nosso próximo, temos de tomar uma atitude e fazer algo em relação a isso, pois se não o fizermos estaremos pecando e desobedecendo a Deus na questão de amar o próximo. Será que você está sendo uma pedra de tropeço para alguém? Como saber?

Vou dar alguns exemplos. Talvez eu seja ''apedrejada'' por alguns pelo exemplo que vou dar agora. Digo isso porque tempos atrás escrevi este texto  ''Cuidado com o que você veste'', e muitas pessoas (principalmente o sexo feminino) não aprovaram o que foi dito no texto. Mas vamos lá!

Quando uma mulher se veste de forma imodesta, ela está servindo de pedra de tropeço para o homem, pois a maneira como está vestida pode despertar no coração dele a concupiscência, a luxúria, a cobiça, desejos e pensamentos ilícitos, e isso pode faz com que ele peque. O homem que cobiça uma mulher está pecando (Mateus 5.28), mas se o que levou o homem ao pecado foi a forma como a mulher estava vestida, então ela também foi culpada, pois serviu de pedra de tropeço para ele.

’’Qualquer homem que cobiçar você sexualmente, terá que encarar a Deus pelo seu adultério mental. Mas você vai ter que responder a Deus se você o provocou, pela forma como você está vestida’’.- Al Martin

Isso deve ser levado muitíssimo a sério pelas mulheres que fazem profissão de servir a Cristo, pois sendo nós servas de Deus, temos de nos vestir de maneira digna, pura e santa, a fim de glorificarmos a Deus e não trazermos vergonha e escândalo ao evangelho; sendo a Bíblia a nossa única regra de fé e prática, temos de nos atentar para o que ela diz sobre como nós, mulheres, temos de nos vestir, e assim obedecê-la em todos os seus princípios e ensinamentos. Mulheres levadas pela onda do feminismo não suportam ouvir algo do tipo, já que defendem ter o direito de fazer o que bem intenderem de seus corpos. O lema delas é: ''meu corpo, minhas regras!'', e tendo por base essa afirmação, sentem-se livres e a vontade para fazer o que quiserem dos seus corpos; e não se importando com o respeito, pudor, decência, modéstia e pureza, acabam por desonrar a si próprias e ao Deus que as criou, trazendo sobre si mesmas a ira de Deus por  viverem na desobediência. 

É importante deixar claro que  quando uma mulher está vestida decentemente e mesmo assim é cobiçada por um homem, então, somente ele pecou.

Lembrando que isso não serve apenas para as mulheres, serve também para os homens; tanto homens como mulheres que fazem profissão de servir a Deus tem a responsabilidade de se manterem puros e nunca devem despertar desejos ilícitos no sexo oposto, não exclusivamente nessa área, mas em todas as outras. Não podemos ser má influência para ninguém e nem servir de instrumento para pôr coisas pecaminosas diante dos outros.

Como cristãos temos de viver de maneira santa e irrepreensível no mundo (1 Pedro1.15-23), se vivermos como a palavra nos ensina, seremos uma bênção na vida das pessoas; mas se vivermos o oposto, estaremos pecando e fazendo um desserviço ao Reino dos céus. É claro que não somos plenamente perfeitos, mas Deus, através da Sua Palavra e do Seu Espírito nos lava e guia nossas vidas, nos possibilitando assim viver da maneira que Lhe agrada.

Agora vamos refletir nos versículos 8 e 9 de Mateus 18

‘’Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.  E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.’’ (Mateus 18:8,9)

Ao falar isso, Jesus não estava fazendo apologia à mutilação física, Ele estava apenas fazendo uso de uma simbologia. O que Jesus ensina nessa passagem é que devemos abolir de nossa vida tudo o que nos leva a pecar; e fazer isso pode ser muito difícil e doloroso. Jesus disse que se um dos nossos membros nos faz pecar, devemos arrancá-lo (simbolicamente). Pensa como pode ser difícil ficar sem um olho, ou sem uma perna, é difícil porque esses membros integram o nosso corpo, fazem parte de nós e todos eles são importantes. Mas, se um deles nos leva a pecar, devemos ''arrancá-lo'', porque "é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno" ( Mt. 5.29).

De fato devemos eliminar, cortar e excluir da nossa vida tudo o que nos leva a cometer pecado, e isso é para o nosso próprio bem. Sendo assim caro leitor, se existe algo em sua vida que te leva a pecar, faça o que Jesus ensinou.

Vamos dar mais um exemplo. Milhares de jovens e adultos na atualidade, inclusive muitos cristãos, são viciados em pornografia, e muitos até pedem ajuda em oração. Só que há uma coisa, Jesus não disse para orarmos pelo problema que nos faz pecar, pelo contrário, Ele disse: "Corta-o"; isso é uma ação radical. 

Nessa era moderna em que vivemos, com toda essa tecnologia fica fácil de visualizar pornografia, principalmente por meio da tevê e internet. Com toda essa facilidade muitos não conseguem resistir ao pecado e pedem oração, mas eles mesmos não fazem nada para evitar que caiam em pecado. Mas quem de fato deseja vencer esse vício deve orar e agir. Em termos práticos o que se deve fazer? Se não tiver jeito faça o seguinte: arranque sua internet por algum tempo, cancele a TV a cabo; exclua todas as fotos e vídeos pornográficos armazenados no seu celular e, se for preciso, troque-o por  um aparelho mais simples, por um que somente receba e faça ligações. O importante é acabar com todos os meios que possibilitam visualizar pornografia. Difícil e radical, não é? Mas é dessa forma que se deve fazer - cortar, abolir, arrancar do seu corpo o membro que te leva a pecar. 

O que disse o apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo quando o exortou sobre as paixões da mocidade? Ele disse: Foge! Simplesmente fugir. Paulo não disse para Timóteo orar e resistir, mas sim fugir, correr dos desejos da mocidade. É claro que é necessário orar, mas não adianta apenas orar e deixar ser levado pelos intensos desejos carnais, o certo é fugir!

Isso também serve para os relacionamentos. Se o teu namorado(a) ou amigos te fazem errar de maneira constante e proposital, corte o relacionamento; é melhor ficar sem namorado (a) e amigos do que ir com eles para o inferno. Se você já pregou Cristo a eles e os alertou sobre o perigo e engano do pecado, porém mesmo assim, conscientes de que estão no erro, insistem em viver segundo a ordem desse mundo, afaste-se deles. Saiba que fazer isso não será fácil, será como arrancar um dos membros do teu corpo. Mas como diz as Escrituras: é melhor que você entre na vida sem um dos teus membros do que todo o teu corpo ser lançado no inferno.

O pecado não faz parte da vida do verdadeiro Cristão. Quem se professa cristão, mas vive na prática do pecado, pecando prazerosamente nas mesmas coisas todos os dias e em todos os momentos sem se arrepender, não conhece a Deus (1 João 3.6). Quando digo que o pecado não faz parte da vida do verdadeiro cristão não estou sugerindo que crentes genuínos não pecam, é claro que pecam, como diz o apóstolo João: Se declararmos que não temos pecado algum enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós'' (1João 1.8).

O que quero dizer é que o Cristão verdadeiro e fiel a Deus não vive na prática do pecado fazendo deliberadamente o que desagrada a Deus. Bem diferente de um não regenerado, o cristão genuíno não tem prazer no pecado e quando, por acidente, peca, ele se arrepende, chora e busca em Deus o perdão, assim como fez o rei Davi quando caiu em declínio (Leia o Salmo 51).

Por fim, faça um auto exame e se tiver algo em sua vida que te leva a errar ou que leve outras pessoas a errar, faça o que Jesus ensinou, arrancado da sua vida tudo o que te induz ao erro. Não hesite, pois se você não fizer isso e preferir ficar com o que te leva a cometer pecado contra Deus e contra o próximo, então terás de suportar as consequências da tua escolha por toda a eternidade.

Priscila Gomes