Em sua segunda viagem missionária, o apóstolo Paulo funda a igreja em Corinto. E em meio a sua terceira viagem missionária, o mesmo recebeu notícias sobre o estado em que tal igreja se encontrava. Lá, estava sendo tolerado diversos tipos de pecados, como imoralidade sexual, divisões, contendas, litigio entre os irmãos, luxúria, desordem no culto, e outros tipos de pecados.
Alguns membros da igreja de Corinto se deixavam dominar pelo orgulho, e muitos deles se achavam sábios aos seus próprios olhos. Paulo entendia que eles não estavam aptos para receber alimento sólido pois eram ainda carnais, como crianças na fé. Sendo assim, Paulo os alimentava com ''leite'', pelo fato de não terem alcançado, até aquele momento, maturidade espiritual suficiente para serem alimentados com comida sólida. Corinto, sem dúvida, era uma igreja fervorosa, mas não espiritual. Existia ali, muitos que se diziam crentes em Cristo, contudo, continuavam na imundícia, cometendo pecados gravíssimos. Muitos, por falta de entendimento, continuavam frequentando os templos pagãos; continuavam se prostituindo, e comiam alimentos sacrificado aos ídolos, etc.
O interessante é que a igreja de Corinto possuía todos os dons espirituais. Entretanto, não possuíam os frutos do Espírito, que por sinal, são mais importantes. Do que adianta sobejar em dons se eles não são usados com o propósito de edificar o corpo de Cristo? Pois a finalidade dos dons não é outra senão a edificação da Igreja.
Então, o que mais faltava na igreja de Corinto, além da falta da verdadeira conversão, da sabedoria e entendimento espiritual? O amor. Faltava o amor genuíno, principalmente para com o próximo. O amor é a base de tudo; de nada adianta ter diversos dons se eles não são exercitados com caridade, ou seja, com o amor em ação.
O amor genuíno se revela com atitudes e ações, não apenas com palavras. No nosso dia-a-dia, precisamos praticar o amor para com o nosso próximo, não somente para com aqueles que professam a nossa fé, mas também com aqueles que não professam. Se não temos o amor, somos como o metal que soa e como o sino que tine, ou seja, barulhentos, mas vazios e ocos por dentro. Sem amor não somos nada aos olhos de Deus; sem o amor de Deus derramado em nosso coração a nossa declaração de fé é mentirosa, sem proveito algum.
Em tudo, precisamos ser parecidos com Cristo, a fim de que a nossa luz brilhe neste mundo de trevas e Deus seja glorificado.
O amor é sofredor, ele suporta os danos. O amor é benigno, vence o mal com o bem. O amor não é invejoso, não sente desgosto ou raiva em relação aos outros. O amor não se porta com indecência. O amor não é interesseiro. O amor não suspeita mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.
Estão aí as características do amor. O amor é o maior de todos os dons e, foi distribuído a todos nós, cristãos. Para um cristão, praticar o amor não é opção, é uma ordem! Jesus mandou que os seus discípulos amassem uns aos outros como ele havia-os amado (Jo 15.12); esse mandamento se estende a todos os cristão do mundo. Quem não ama o seu semelhante, conforme escreve o apóstolo João, está em trevas.
''Aquele que diz está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas'' (1Jo 2:9)
O que muitos não sabem, ou fingem não saber, é que não é possível amar a Deus sem amar o irmão; não é possível ter comunhão com Deus sem ter comunhão com o irmão. Nada se compara ao amor; é esse caminho mais excelente revelado nas Escrituras. Definitivamente, todo cristão genuíno precisa ter essa virtude. E enfim, O amor deve ser a base para o exercício dos dons espirituais, porque sem o amor, nada disso tem proveito algum.
Priscila Gomes da Silva
0 Coments:
Postar um comentário
Comentários ofensivos e com palavras de baixo calão não serão publicados.